
Vinte e quatro anos depois de sofrer um impeachment, o ex-presidente da Rep�blica e hoje senador Fernando Collor de Mello (PTC-AL) ocupou a tribuna do Senado para se dizer injusti�ado no processo que culminou na perda de seu mandato. Nos 15 minutos a que teve direito para discursar, Collor relembrou o processo sofrido em 1992 e comparou com o momento atual. “O rito � o mesmo, mas o ritmo e o rigor n�o”, afirmou o alagoano.
O senador reclamou que entre a den�ncia apresentada contra ele e o desfecho do processo foram apenas quatro meses, enquanto o caso envolvendo Dilma j� completa oito meses e ainda pode durar mais 180 dias. Outro ponto levantado por Collor � que o parecer pelo seu afastamento tinha apenas dois par�grafos, enquanto o documento envolvendo Dilma tem 128 p�ginas.
“Dois anos depois (do impeachment) fui absolvido pelo Supremo Tribunal Federal. Perdi meu mandato e n�o recebi qualquer tipo de repara��o”, recordou. Collor n�o conseguiu reverter na Justi�a a pena de inelegibilidade por oito anos.
Fernando Collor n�o deixou claro como votar� em rela��o ao impeachment de Dilma, mas fez v�rias cr�ticas � gest�o do PT. Disse que o maior crime de responsabilidade cometido pelo governo foi o “desleixo com a pol�tica, a deteriora��o econ�mica do pa�s, d�ficits fiscais e or�ament�rios e o aparelhamento desenfreado do estado”, discursou.
Ele afirmou ainda que chegou a conversar com interlocutores do governo e com a pr�pria Dilma sofre erros cometidos, mas n�o foi ouvido. “Desconsideraram minhas alega��es e denegaram minha experi�ncia”.