Desde o an�ncio do in�cio das obras, feito por Dilma em maio de 2014, em per�odo de pr�-campanha eleitoral, as melhorias pouco avan�aram e em muitos trechos as m�quinas j� foram paralisadas. Resultado: o pouco que foi feito na estrada est� se perdendo e pode representar um desperd�cio de quase R$ 300 milh�es para os cofres p�blicos. A reportagem do Estado de Minas percorreu a rodovia e registrou pouca movimenta��o de oper�rios. Em alguns trechos em que foram feitas terraplenagens para a constru��o de um novo tra�ado da chamada Rodovia da Morte, o mato toma conta das obras abandonadas e surgem buracos por onde passar� o novo asfalto.
A obra � apontada como priorit�ria por Dilma desde 2012, quando, em cerim�nia em Belo Horizonte, ela anunciou pela primeira vez a libera��o de recursos para a duplica��o no trecho entre a capital mineira e Governador Valadares. Em outras duas cerim�nias, Dilma voltaria a anunciar recursos para as melhorias na estrada, at� que em 12 de maio 2014 – exatos dois anos antes de deixar o Planalto – a petista assinou a ordem de servi�os para a duplica��o. Menos de seis meses ap�s o in�cio das obras, as dificuldades na economia passaram a afetar os repasses para a duplica��o. No in�cio do ano passado, as empresas que assumiram a obra come�aram a retirar oper�rios e m�quinas dos canteiros de obras.
A via foi dividida em 11 partes, sendo que em apenas cinco as obras come�aram. At� hoje nenhuma parte foi conclu�da e as obras continuam em ritmo lento. Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), at� o fim do ano passado foram gastos R$ 293 milh�es com a obra. O dinheiro corre o risco de ser desperdi�ado caso o ritmo das obras n�o seja retomado.
A via foi dividida em 11 partes, sendo que em apenas cinco as obras come�aram. At� hoje nenhuma parte foi conclu�da e as obras continuam em ritmo lento. Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), at� o fim do ano passado foram gastos R$ 293 milh�es com a obra. O dinheiro corre o risco de ser desperdi�ado caso o ritmo das obras n�o seja retomado.
“Na pr�tica, foram entregues at� agora t�neis, viadutos e a��es de terraplanagem em algumas partes da BR. Por�m, n�o foram feitas as liga��es com os t�neis que est�o prontos e as terraplenagens n�o receberam asfalto. Essas obras podem se perder caso a obra pare, e teremos mais de R$ 290 milh�es perdidos”, avalia Luciano Ara�jo, coordenador do Movimento Nova 381 e presidente da regional da Federa��o das Ind�strias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) do Vale do A�o.
JUSTI�A A preocupa��o com a perda de servi�os iniciados na rodovia � compartilhada pela Justi�a Federal e pelo Minist�rio P�blico, que acompanham a execu��o da obra e atuam para mediar conflitos entre as empreiteiras e o Dnit. No fim do m�s passado, quando a diretoria do �rg�o aprovou proposta para suspender interven��es em 41 obras de infraestrutura – entre elas a duplica��o da 381 – sob a justificativa de que o or�amento de 2016 est� comprometido, a ju�za Dayse Starling determinou que o Dnit destine recursos para os trechos da obra que est�o em andamento, entre Nova Uni�o e Caet�, e que o �rg�o e as empreiteiras contratadas apresentem at� 30 de maio um planejamento financeiro para as obras de duplica��o. Na decis�o, a ju�za ressalta que “os investimentos na duplica��o da BR-381 at� o presente momento foram muito aqu�m do previsto nas normas or�ament�rias que vinculam o poder p�blico e, uma vez iniciadas as obras, todos os esfor�os devem ser envidados para que os investimentos j� realizados n�o se tornem preju�zo e desperd�cio de verbas p�blicas”.