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Estado de Minas

Minist�rio P�blico investiga sal�rios pagos a Waldir Maranh�o, substituto de Eduardo Cunha no comando da C�mara

A suspeita � que o presidente interino da C�mara tenha sido professor fantasma da Universidade Estadual do Maranh�o por dois anos


postado em 15/05/2016 08:49 / atualizado em 15/05/2016 10:03

Bras�lia, 15 - A suspeita de que o presidente interino da C�mara, Waldir Maranh�o (PP-MA), atuou como “professor fantasma” da Universidade do Estadual do Maranh�o (Uema) por dois anos, recebendo sal�rios de forma irregular, ser� alvo de investiga��o do Minist�rio P�blico do Maranh�o. O caso tamb�m ser� enviado ao Conselho de �tica da C�mara dos Deputados.

Maranh�o assumiu interinamente a presid�ncia da C�mara depois que o Supremo Tribunal Federal determinou o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do cargo e do mandato parlamentar.

O governo do presidente em exerc�cio, Michel Temer, trabalha por um alinhamento com a C�mara para aprovar projetos de seu interesse, principalmente uma pauta econ�mica. No in�cio da semana, o deputado do PP chegou a anular as sess�es do impeachment na Casa, mas depois recuou.

Ap�s reportagem publicada pelo Estado na quarta-feira passada, o promotor de Justi�a e chefe da assessoria especial da Procuradoria-Geral de Justi�a, Reginaldo J�nior Carvalho, disse que vai instaurar inqu�rito para investigar o caso.

Em fevereiro de 2014, quando cumpria seu segundo mandato como deputado, Maranh�o voltou a receber sal�rio mensal da Uema. Reeleito para seu terceiro mandato como parlamentar, o deputado continuou a ser remunerado irregularmente durante todo o ano seguinte.

O presidente interino da C�mara recebeu irregularmente a quantia de R$ 368.140,09, o que equivale a cerca de R$ 16 mil por m�s.

Segundo a reitoria da Uema, a paralisa��o ocorreu quando a administra��o da universidade fez uma auditoria em sua folha de pagamento no fim do ano passado, e s� ent�o percebeu que Waldir Maranh�o tinha voltado a receber sal�rio como professor. Por lei, o parlamentar tinha obriga��o de comunicar a universidade e pedir seu afastamento imediato, j� que Maranh�o � concursado da Uema. Em anos anteriores, ele j� tinha feito isso.

A reportagem procurou novamente o deputado, mas ele n�o quis se manifestar.

“Vamos pedir informa��es � Uema, para saber qual � essa hist�ria de forma oficial, para fazermos o procedimento aqui no Estado. Vamos deflagrar o processo para apurar”, disse Reginaldo J�nior Carvalho. “Faremos tudo o que estiver ao alcance do Minist�rio P�blico Estadual, a exemplo do que aconteceu em rela��o ao filho do parlamentar. As medidas ser�o adotadas com o maior rigor que a lei determina.”

Conselho de �tica. O caso tamb�m teve rea��es no Congresso. O deputado Pauderney Avelino (DEM-AM) disse que vai incluir os dados no processo que foi enviado ao Conselho de �tica da C�mara. “Isso vai ser inclu�do em nossa representa��o feita ao Conselho de �tica. � uma irregularidade grave. Gestos como esse mostra qual � a verdadeira personalidade de quem ainda est� � frente da C�mara, mesmo que interinamente”, disse.

No in�cio desta semana, o Tribunal de Contas do Estado do Maranh�o (TCE-MA), por meio de seu presidente, Jorge Pav�o, exonerou o filho do presidente interino da C�mara. De acordo com o portal da transpar�ncia do TCE-MA, Thiago Maranh�o estava nomeado como assessor de conselheiro com a simbologia TC-04, o que garantia uma remunera��o de R$ 7,5 mil, mas, com os descontos, o valor final ficava em R$ 6,5 mil.

O filho de Waldir Maranh�o era lotado no gabinete do ex-presidente do �rg�o, Edmar Cutrim, hist�rico aliado da fam�lia Sarney. Ocorre que Thiago Maranh�o trabalha em hospitais e cursa p�s-gradua��o na cidade de S�o Paulo (SP).

No caso da Uema, a Procuradoria-Geral de Justi�a vai definir o que est� sob sua tutela e o que deve ser tratado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), j� que Maranh�o possui foro privilegiado. O objetivo � verificar responsabilidades. Com 21 anos de atua��o na Uema, o presidente interino da C�mara foi professor, vice-reitor e reitor da universidade.

A Justi�a maranhense tamb�m est� no encal�o de Maranh�o para que ele pague d�vidas de sua campanha de 2010. O parlamentar, conforme revelou o Estado no �ltimo fim de semana, tem quatro im�veis penhorados por dar calote em servi�os de propaganda contratados em 2010. Ele desrespeitou um acordo judicial, paralisando pagamentos de uma d�vida de R$ 1,3 milh�o que contraiu com uma empresa gr�fica. Maranh�o � alvo de investiga��es da Opera��o Lava-Jato, por recebimento de propina e teve as contas de campanha rejeitadas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Maranh�o. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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