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Estado de Minas

Temer acena que pode desistir da CPMF

Pressionado por partidos aliados, peemedebista deve retirar proposta sobre o tema que tramita no Congresso. Escolha de l�deres do governo tamb�m vira foco de tens�o


postado em 18/05/2016 06:00 / atualizado em 18/05/2016 07:16

Durante reunião com líderes de partidos, ontem à tarde, presidente em exercício pediu aos parlamentares que retomem a normalidade de votações na Câmara (foto: Marcos Corrêa/VPR)
Durante reuni�o com l�deres de partidos, ontem � tarde, presidente em exerc�cio pediu aos parlamentares que retomem a normalidade de vota��es na C�mara (foto: Marcos Corr�a/VPR)

Bras�lia – Os l�deres do chamado centr�o – bloco parlamentar formado por 13 partidos e que pode chegar a 295 congressistas, se contar com a ades�o do PMDB – imp�s nessa ter�a-feira (17) o primeiro rev�s ao governo de Michel Temer. Em reuni�o com o presidente interino, eles avisaram que a CPMF n�o passar� em hip�tese nenhuma na casa. O mesmo conjunto de deputados quer empurrar goela abaixo do Planalto outro abacaxi: a escolha do deputado Andr� Moura (PSC-SE) para o cargo de l�der do governo.

A proposta de sepultar a CPMF neste momento ainda conseguiu unificar o discurso da base, que conta ainda com o PSDB, DEM, PSB e PPS. Mas a escolha de Andr� Moura causa uma ciz�nia nos partidos que d�o sustenta��o a Temer na Casa. “� claro que a indica��o do Andr� tem o dedo do Eduardo Cunha. Se ele for nomeado l�der do governo na Casa, a cassa��o de Cunha n�o andar� nunca”, alertou o l�der do PPS na C�mara, Rubens Bueno (PR).

Em rela��o � CPMF, Temer e o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, concordaram em recuar da volta do imposto neste momento. O presidente em exerc�cio, inclusive, avisou que vai retirar o projeto sobre o tema que tramita na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a da C�mara – no ano passado, o governo Dilma enviou ao Congresso a previs�o de gastos e receitas na Lei Or�ament�ria com a previs�o de arrecadar recursos com a CPMF. “A CPMF est� estigmatizada. As pessoas odeiam a CPMF”, disse o deputado Jovair Arantes (PTB-GO) ao presidente em exerc�cio durante a reuni�o com Temer, sendo apoiado pela maioria dos l�deres.

O presidente em exerc�cio pediu, contudo, que os parlamentares retomem a normalidade de vota��es na Casa. Ele quer aprovar as medidas provis�rias que trancam a pauta da C�mara e aceitou retirar a urg�ncia do projeto que renegocia a d�vida de estados e munic�pios com a Uni�o para facilitar o debate interno.

Para fazer as reformas anunciadas, ser� preciso, mais do que nunca, colocar as pessoas certas nos postos-chave, aqueles que ficar�o na linha de frente para articular as vota��es com os parlamentares. Antes da reuni�o no Planalto, correu a informa��o de que os l�deres aliados levariam a Temer um abaixo-assinado com quase 300 assinaturas demonstrando apoio a Andr� Moura. Levando-se em conta que, durante a vota��o do impeachment na C�mara, Temer contou com 367 votos favor�veis ao afastamento, a inten��o, em tese, era emparedar o peemedebista e for��-lo a anunciar o nome do afilhado de Eduardo Cunha.

O grupo recuou na �ltima hora. Mas continua n�o achando constrangedor que o novo governo tenha como l�der na Casa um deputado t�o afinado com o presidente afastado da C�mara. “N�o vejo constrangimento nenhum. Um l�der do governo precisa, sim, ter bom tr�nsito entre todos os parlamentares. Isso o Andr� tem”, afirmou o l�der do PSD, Rog�rio Rosso (DF).

O ministro Geddel Vieira Lima negou que tenha sido batido o martelo quanto a uma indica��o para a lideran�a do governo. “O presidente n�o recebeu indica��o de l�deres. Este assunto ser� negociado, tratado, mas � prerrogativa do presidente”, disse. O governo estuda uma terceira via que fuja � indica��o de Moura e de Rodrigo Maia, que seria a op��o capitaneada por DEM e PSDB. “Enquanto o presidente n�o designa quem vai exercer a lideran�a, os l�deres dos partidos tocar�o a pauta sem nenhuma dificuldade, n�o tenho d�vida disso”, afirmou Geddel.

MARANH�O Com mais �nfase, os l�deres do PPS, Rubens Bueno (PR) e do DEM, Pauderney Avelino (AM), cobraram uma atua��o do Planalto na crise que envolve a perman�ncia do deputado Waldir Maranh�o (PP-MA) na presid�ncia da C�mara. Temer lavou as m�os e disse que n�o tinha como interferir nessa quest�o. E que o assunto deveria ser resolvido pelos l�deres aliados, para que a C�mara volte a funcionar normalmente.

Na primeira sess�o em que se sentou � cadeira como presidente interino da C�mara dos Deputados, Waldir Maranh�o (PP-MA), enfrentou um plen�rio agressivo e agitado. O parlamentar esteve na posi��o por pouco mais de uma hora. Discursos pediam a sua ren�ncia e, em v�rios momentos, ouviu gritos de “fora, fora”. Teve, inclusive, dificuldades para encerrar a sess�o, �s 18h55, por causa dos gritos de ordem que parlamentares bradavam no plen�rio pedindo a sua sa�da. Uma nova sess�o est� marcada para amanh� �s 14h e a reuni�o de l�deres para definir a pauta, agendada para as 10h.

Com um discurso inflamado, Pauderney Avelino pediu a ren�ncia do parlamentar. “Levante-se dessa cadeira. A C�mara dos Deputados n�o merece o que o senhor est� fazendo. O Brasil n�o merece o que o senhor fez na semana passada”, disse Avelino em refer�ncia ao ato assinado por Maranh�o que revogava a sess�o de vota��o do impeachment de Dilma Rousseff na C�mara em 17 de abril e anulado em seguida.

Em resposta imediata, deputados do PT, PDT e PSOL se manifestaram favor�veis � presid�ncia de Maranh�o. “Quem pariu Matheus que o embale. Ele teve o voto de voc�s. Foi eleito. O PSOL n�o apoia Waldir Maranh�o, mas n�o tolerar� qualquer manobra que fuja da legalidade’, afirmou o l�der do partido, Ivan Valente (SP).


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