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Estado de Minas

Temer desautoriza ministros em assuntos espinhosos


postado em 18/05/2016 07:55 / atualizado em 18/05/2016 08:24

" Presidente j� garantiu que n�o mexer� em direitos adquiridos. N�o falei em rever o tamanho do SUS" - Ricardo Gomes, ministro da Sa�de (tentando explicar que n�o falou em mudar o SUS) (foto: Wilson Dias/Ag�ncia Brasil)

Em apenas seis dias do governo de Michel Temer, dois ministros de pastas importantes – Justi�a e Sa�de – receberam pux�es de orelha por ter ido com muita sede ao pote em temas que podem fazer tremer a Rep�blica. Nessa ter�a-feira (17) foi a vez de o ministro da Sa�de, Ricardo Barros, levar bronca de Temer. Ele disse em entrevista que o Sistema �nico de Sa�de (SUS) precisa ter seu tamanho revisto. Apenas 24 horas depois, Barros afirmou que reviu sua posi��o e que o SUS, que prev� atendimento universalizado para todos os brasileiros, “est� estabelecido”.

O sinal mais evidente do recuo foi que Barros agora defende cortes nos gastos da Previd�ncia, n�o no acesso � sa�de. “O SUS est� estabelecido, estamos atendendo ao m�ximo poss�vel de pessoas, com o maior n�mero de procedimentos que podemosautorizar, mas evidentemente que isso � insuficiente para a proposta constitucional do SUS, que � sa�de universal para todos. Para que possamos ampliar o SUS, teremos que repactuar a divis�o de recursos que existe entre as diversas �reas do governo”, afirmou Barros, ap�s participar de reuni�o nessa ter�a-feira (17) com especialistas e gestores em sa�de p�blica, em Bras�lia.Levantamento das despesas do governo federal mostra que a Previd�ncia consome sozinha 40% de toda a receita federal.

“Enquanto a Previd�ncia continuar crescendo nos gastos p�blicos n�o haver� recursos para ampliar em outras �reas. O presidente j� garantiu que n�o mexer� em direitos adquiridos. N�o falei em rever o tamanho do SUS”, afirmou Barros.

P�LVORA
Antes do titular da pasta da Sa�de, o ministro da Justi�a, Alexandre de Moraes, j� tinha provocado dor de cabe�a em Temer. Na segunda-feira, Moraes defendeu altera��o na regra de escolha do chefe do Minist�rio P�blico. Por ele, Temer n�o deveria nomear necessariamente o nome mais votado da lista tr�plice, sob o argumento de que a Constitui��o n�o prev� elei��o interna na Procuradoria da Rep�blica e que o poder do Minist�rio P�blico � grande, mas n�o pode ser “absoluto”.

A declara��o de Moraes foi interpretada como uma tentativa de intervir na autonomia do Minist�rio P�blico, que entre outras atribui��es tem o poder de fiscalizar o Executivo. Novamente, Temer teve que vir a p�blico e empenhar sua palavra de que manter� a tradi��o de escolher o mais votado na elei��o interna dos procuradores.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tamb�m deixou o presidente em saia justa ao falar da reforma da Previd�ncia e da possibilidade da fixa��o de uma idade m�nima para que trabalhadores se aposentem. Para tentar amenizar o impacto do an�ncio, Meirelles disse que haver� regras de transi��o em todos os casos e direitos adquiridos ser�o respeitados. Mas n�o adiantou. A proposta repercutiu mal e n�o agradou nem governistas, nem oposi��o, nem trabalhadores e nem as centrais sindicais.

No caso do todo-poderoso ministro da Fazenda, Temer n�o o desautorizou, mas teve que agir e p�r panos quentes. Disse que tudo n�o passa de “proposta”, que ser� amplamente discutida com a sociedade. Fez inclusive reuni�o com representantes das centrais. As propostas sobre Previd�ncia agora ser�o discutidas por um grupo formado por sindicalistas e representante do governo. (Com ag�ncias)


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