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Estado de Minas

Temer diz a procuradores que n�o barrar� Lava-Jato


postado em 19/05/2016 08:31 / atualizado em 19/05/2016 12:25

Bras�lia - Antes mesmo de assumir Presid�ncia da Rep�blica, Michel Temer solicitou uma reuni�o com o presidente da Associa��o Nacional dos Procuradores da Rep�blica (ANPR), Jos� Robalinho Cavalcanti. O encontro ocorreu no Pal�cio do Jaburu, no mesmo dia - 11 de maio - em que o Senado iniciou a vota��o para a abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o que determinou o afastamento da petista por um per�odo de at� 180 dias.

Considerado ponto nevr�lgico do atual momento do Pa�s, a Opera��o Lava-Jato tem merecido aten��o especial do presidente em exerc�cio. � por esse motivo que Temer tem insistido - tanto publicamente quanto reservadamente - que n�o far� nenhuma interfer�ncia nas a��es do Minist�rio P�blico ou da Pol�cia Federal sobre o caso. A opera��o tem como alvo aliados de Temer e at� ministros de Estado, como Romero Juc� (Planejamento).

"Ele nos chamou para falar sobre a Lava-Jato. Afirmou que considera a opera��o fundamental para o Pa�s. E pediu que lev�ssemos esse recado para a categoria", disse Cavalcanti � reportagem. "Ele respeita a autonomia das institui��es. N�o faria sentido um governo dele representar um retrocesso", completou o presidente da entidade dos procuradores.

O gesto de Temer repercutiu de forma positiva. Prova disso � que n�o houve rea��o brusca da ANPR ao posicionamento do novo ministro da Justi�a, Alexandre de Moraes, sobre o uso de lista tr�plice para a escolha do procurador-geral da Rep�blica. Em entrevista publicada pelo jornal Folha de S.Paulo na segunda-feira, 16, Moraes afirmou que n�o h� previs�o constitucional para defini��o de um dos tr�s nomes mais votados pelos procuradores, apesar de ser um costume adquirido desde 2003 no Pa�s.

"Curto-circuito"

Logo ap�s a publica��o da entrevista, Temer divulgou uma nota � imprensa em que deixou claro que o uso da lista tr�plice seria mantido por ele. "Esse posicionamento do presidente Temer n�o nos surpreendeu. Sempre soubemos que ele era a favor do uso da lista como crit�rio de escolha", afirmou Cavalcanti. O presidente da ANPR disse ainda que o epis�dio n�o comprometer� a gest�o do novo ministro da Justi�a. "Foi um curto-circuito. O ministro Alexandre de Moraes tem origem no Minist�rio P�blico. Foi promotor de Justi�a", disse.

No seu primeiro pronunciamento como presidente em exerc�cio, no Sal�o Leste do Pal�cio do Planalto, Temer disse que a Opera��o Lava-Jato tornou-se uma "refer�ncia". Apesar do bom relacionamento com a ANPR, Temer foi criticado quando aventou a possibilidade de nomear o advogado Ant�nio Claudio Mariz de Oliveira para o Minist�rio da Justi�a.

No fim de abril, quando o nome do criminalista foi cotado com mais for�a, o presidente da associa��o chegou a declarar que o ent�o futuro governo Temer "estava esbofeteando as pessoas que foram para as ruas lutar contra a corrup��o". Isso porque Mariz havia sido um dos signat�rios de um abaixo-assinado contra a Lava-Jato.

Conselho


Na quarta-feira, 18, foi realizada a elei��o para duas vagas no Conselho Superior do Minist�rio P�blico Federal. A disputa � uma esp�cie de pr�via para a forma��o da pr�xima lista tr�plice para a escolha do futuro procurador geral da Rep�blica, em 2017. Sa�ram vencedores os subprocuradores Raquel Dodge e Mario Bonsaglia (reeleito).

No ano passado, os dois j� haviam composto a lista tr�plice cujo primeiro colocado foi Rodrigo Janot, atual procurador-geral da Rep�blica.


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