
Um dia ap�s anunciar que voltaria a ocupar seu gabinete na C�mara na pr�xima segunda-feira, o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) recuou da declara��o e disse � reportagem que antes vai consultar os advogados e avaliar a conveni�ncia de voltar a frequentar a Casa.
O peemedebista alegou que a declara��o, feita logo ap�s o depoimento de quase sete horas no Conselho de �tica, foi uma resposta a quem dizia que ele estava proibido de por os p�s na C�mara por estar suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF). "Segunda foi forma de express�o. E n�o irei antes dos advogados me posicionarem claramente sobre o que posso ou n�o fazer. Se houver d�vidas, vou pedir que peticionem ao STF", afirmou.
Apesar de afastado, o peemedebista mant�m o gabinete parlamentar funcionando, assim como algumas prerrogativas, como carro reserva da presid�ncia, sal�rio integral, seguran�a da Pol�cia Legislativa e uso da resid�ncia oficial da C�mara. Cunha disse que n�o est� proibido de voltar � Casa, que ao declarar que voltaria ao gabinete na pr�xima semana, n�o seria para trabalhar porque isso poderia ser interpretado como uma afronta � decis�o do STF. Ele ressaltou que s� voltar� a frequentar a C�mara "dentro do estrito respeito � decis�o" da Corte. "Pode at� n�o ser semana que vem", completou.
Nesta quinta-feira, o peemedebista informou aos jornalistas que estaria de volta � C�mara na segunda-feira. "Eu estou suspenso do exerc�cio do mandato e n�o de frequentar a C�mara. Vou frequentar meu gabinete pessoal n�o mais hoje, mas a partir de segunda-feira voc�s me encontram no gabinete 510", disse na ocasi�o. Questionado se poderia frequentar seu gabinete, o peemedebista afirmou que estava suspenso do exerc�cio do mandato e n�o do mandato.
Aliados de Cunha revelaram que o peemedebista, mesmo articulando e negociando cargos no governo da resid�ncia oficial, estava come�ando a se sentir isolado e longe da movimenta��o do Congresso. Hoje, l�deres partid�rios conclu�ram que Cunha desafiaria a Justi�a ao voltar a Casa. "N�o tenho d�vida de que � provoca��o, desobedi�ncia total � ordem judicial", avaliou o l�der do PPS, Rubens Bueno (PR).