
Rog�rio, que n�o quis antecipar de p�blico sua posi��o para n�o "eternizar" o processo, voltou a afirmar que segue a decis�o do presidente interino da Casa, Waldir Maranh�o (PP-MA), que limitou seu escopo � acusa��o de que Cunha teria mentido � CPI da Petrobras no ano passado sobre a exist�ncia de contas no exterior.
Com isso, ficam de fora quest�es como o suposto pagamento de propina ao peemedebista no �mbito da Lava-Jato. "Para evitar que o processo se arraste, acabei adaptando. Mas estou levando em considera��o um conjunto de provas. Farei men��o ponto a ponto sobre o que ouvimos no processo (...) Meu voto n�o ter� pegadinha", disse.
O relator tamb�m assumiu que sofreu muita press�o de aliados e oposicionistas a Cunha nos �ltimos dias "Estamos numa casa pol�tica, voc� � abordado o tempo todo. Isso � normal. O que n�o considero natural s�o manobras para trancar o processo", falou Rog�rio, mais uma vez sinalizando uma posi��o contra Cunha.
Dois lados
Rog�rio tamb�m afirmou que Cunha tem "duas faces". "De um lado, � um personagem pol�tico de sucesso, que cresceu, � forte e respeitado pelos liderados e por outros. Colocou ordem na Casa, organizou muita coisa e fez a casa produzir muito", destacou Rog�rio, fazendo coment�rio favor�vel ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff conduzido por Cunha.
"Por outro lado � um pol�tico com passado comprometedor. Ele n�o vai ser julgado por papel como presidente na Casa. Ele teria ampla margem de aprova��o. Mas sobre o que cometeu como cidad�o, que usava poder pol�ticos para atos incompat�veis com o decoro parlamentar. Gostaria que n�o fossem verdade, uma ila��o. Esse tipo de conduta dep�e contra o parlamento", disse Rog�rio.
O democrata entregou o relat�rio ao presidente do Conselho, deputado Jos� Carlos Ara�jo (PR-BA). Em seguida, ser� marcada a leitura do parecer e, depois, a vota��o no colegiado.
Confian�a
Em entrevista � R�dio CBN nesta ter�a-feira, Cunha voltou a se defender das acusa��es de quebra de decoro parlamentar. Ele reiterou que n�o � titular de conta que n�o esteja declarada no Imposto de Renda e que n�o mentiu � CPI da Petrobr�s.
"O dinheiro, n�o o patrim�nio, antes de ser transferido, me pertenceu. No momento em que foi doado ao truste, o truste passou a ser o propriet�rio do patrim�nio. E mesmo se eu tivesse, a pergunta � se eu tinha conta. E conta eu n�o detinha", disse.
Indagado se est� preparado para o processo que poder� resultar na cassa��o de seu mandato, Cunha disse que pretende ser absolvido e que est� confiante por n�o ter culpa nos fatos citados.
Com Ag�ncia Estado