
O presidente em exerc�cio Michel Temer disse na manh� desta quarta-feira que iria repetir "pela en�sima vez que ningu�m vai derrubar a Lava-Jato". "A toda hora leio uma ou outra not�cia que o objetivo � interferir. Sem nenhum deboche, digo pela en�sima vez: n�o h� a menor possibilidade de qualquer interfer�ncia do Executivo nesta mat�ria," afirmou o presidente interino. Temer fez a afirma��o durante a posse, no Pal�cio do Planalto, em Bras�lia, dos presidentes da Petrobras, dos bancos estatais - BNDES, Caixa e Banco do Brasil-, al�m dos institutos de pesquisa IBGE e Ipea.
A fala de Temer veio ap�s os vazamentos de conversas gravadas entre o ex-presidente da Transpetro S�rgio Machado e o ex-ministro do Planejamento e senador Romero Juc�. Machado gravou tamb�m di�logos que manteve com o presidente do Senado, Renan Calheiros, com o ex-presidente Jos� Sarney, e ainda com o ex-ministro da Transpar�ncia, Fiscaliza��o e Controle, Fabiano Silveira. Todas as conversas envolviam a Opera��o Lava-Jato, sinalizando tratativas para barrar as investiga��es ou livrar suspeitos e acusados envolvidos na opera��o que est� em curso desde 2013.
Sa�de e Educa��o
Temer tamb�m negou que o seu governo ir� reduzir os percentuais determinados pela Constitui��o referentes a gastos com educa��o e sa�de, 25% e 18% do or�amento, respectivamente. "Percentuais em rela��o � saude e educa��o n�o ser�o modificados", afirmou o presidente em exerc�cio.
A fala de Temer � uma tentativa de acabar com a pol�mica iniciada com declara��es dos ministros da Educa��o, Mendon�a Filho, e da Sa�de, Ricardo Barros, indicando que esses percentuais poderiam ser reduzidos. Corroborou para o incremento da pol�mica algumas medidas anunciadas pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para sanear as contas p�blicas - estimada pelo governo interino em R$ 170,5 bilh�es para este ano, cujo projeto de lei com este novo teto da meta fiscal foi aprovado pelo Congresso Nacional. O governo da presidente afastada Dilma Rousseff havia calculado o mesmo rombo para 2016 na casa dos R$ 96,5 bilh�es, teto que n�o chegou a ser aprobvado pelo Congresso.