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Estado de Minas

Dilma sabia das cl�usulas da negocia��o de Pasadena, diz Cerver� em dela��o

Ex-diretor da Petrobras afirmou que a presidente afastada estava ciente das irregularidades e que as comiss�es internas da estatal objetivavam apenas eximir de responsabilidade o Conselho de Administra��o e, especialmente, Dilma Rousseff


postado em 02/06/2016 20:37 / atualizado em 02/06/2016 20:55

Curitiba e S�o Paulo, 02 - O ex-diretor da Petrobras Nestor Cerver� (Internacional) afirmou em sua dela��o premiada que no pol�mico cap�tulo da compra da Refinaria de Pasadena, no Texas - neg�cio que teria provocado preju�zo de US$ 1 bilh�o � Petrobras, em 2006 - "comiss�es internas (da estatal petrol�fera) objetivavam apenas eximir de responsabilidade o Conselho de Administra��o e, especialmente, Dilma Rousseff".

Cerver� apontou que os membros do Conselho de Administra��o da Petrobras "tinham consci�ncia das cl�usulas put aption e marlin", que encareceram o neg�cio para a estatal e obrigaram a compra da outra metade da refinaria da s�cia belga Astra Oil.

"Que n�o corresponde � realidade a afirmativa de Dilma Rousseff de que somente aprovou a aquisi��o porque n�o sabia dessas cl�usulas", afirmou o ex-diretor.

Segundo ele, foram formadas tr�s comiss�es de apura��o interna da Petrobras para investigar irregularidades na aquisi��o de Pasadena. "Que o declarante sabe que os relat�rios das comiss�es apontaram irregularidades no caso. O declarante n�o concorda com as conclus�es constantes dos relat�rios. Que na percep��o do declarante as comiss�es internas da Petrobras objetivavam apenas eximir de responsabilidade o Conselho de Administra��o da Petrobras e, especialmente, Dilma Rousseff."

Cerver� declarou que, "quando o caso da Refinaria de Pasadena adquiriu grande repercuss�o p�blica chegou a telefonar para a presidente da Petrobras Gra�a Foster para tratar do assunto, na v�spera de um depoimento que prestou na comiss�o de controle interno da C�mara dos Deputados".

"Que a inten��o do declarante era evitar contradi��es com declara��es oriundas da Petrobras. Que Gra�a Foster cortou a conversa e disse que estava ali para defender a Dilma."

As informa��es de Cerver� sobre Pasadena, Dilma e Gra�a est�o no Termo de Colabora��o n�mero 6, que prestou dia 7 de dezembro - apenas doze dias depois da pris�o do ent�o senador Delc�dio Amaral (ex-PT/MS). O delator foi o piv� da cassa��o de Delc�dio.

O Termo 6 � dedicado � aquisi��o da Refinaria de petr�leo nos Estados Unidos. O delator fez o depoimento a dois delegados da Pol�cia Federal e dois procuradores da Rep�blica.

Segundo ele, Dilma "nunca abriu m�o de ser presidente do Conselho de Administra��o, acompanhava de perto os assuntos referentes � Petrobras, inclusive tinha uma sala na sede da Petrobras, no Rio". "(Dilma) frequentava constantemente a Petrobras, usando aquela sala. Conhecia com detalhes os neg�cios da Petrobras, tinha amplo tr�nsito nas demais �reas, apenas n�o falava com Ildo Sauer (Diretoria de G�s e Energia)."

"Que o declarante sup�e que Dilma Rousseff sabia que pol�ticos do Partido dos Trabalhadores recebiam propina oriunda da Petrobras. Que, no entanto, o declarante nunca tratou diretamente com Dilma Rousseff sobre o repasse de propina, seja para ela, seja para pol�ticos, seja para o Partido dos Trabalhadores. Que o declarante n�o tem conhecimento de que Dilma Rousseff tenha solicitado, na Petrobras, recursos para ela, para pol�ticos ou para o Partido dos Trabalhadores."

Procurada, a ex-presidente da Petrobras Maria das Gra�as Foster disse que n�o iria comentar o epis�dio. A reportagem encaminhou e-mail para a assessoria de Dilma e ainda n�o obteve resposta.


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