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Estado de Minas

Machado revelou 'medo' de dela��o da Queiroz Galv�o


postado em 16/06/2016 10:19 / atualizado em 16/06/2016 10:29

S�o Paulo e Curitiba - O ex-presidente da Transpetro S�rgio Machado revelou, em seu termo de dela��o 10 intitulado "Obstru��o e Acord�o", o medo e a preocupa��o com poss�vel "dela��o" da empreiteira Queiroz Galv�o. Machado, que foi pr�ximo aos bar�es do PMDB, � um dos delatores da Opera��o Lava Jato.

Empreiteiras n�o fazem dela��o premiada, mas, sim, acordos de leni�ncia. O delator poderia estar se referindo aos executivos da empreiteira quando disse do seu temor de uma eventual dela��o da empreiteira. A Queiroz Galv�o n�o fechou leni�ncia e seus dirigentes n�o fizeram dela��o premiada na Lava Jato.

Machado, que liderou a Transpetro entre 2003 e 2014, foi alvo de busca e apreens�o em 15 de dezembro de 2015, na Lava Jato. No depoimento � Procuradoria-Geral da Rep�blica, o delator contou que ap�s a opera��o naquela oportunidade conversou com o filho Expedito Machado - tamb�m delator na Lava Jato - sobre "gravar conversas com pol�ticos" e "se defender de outras vers�es dos fatos que pudessem surgir".

O delator contou que depois da busca procurou o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e Jos� Sarney (PMDB-AP) e "marcou, por telefone, conversas presenciais". As primeiras conversas, segundo o ex-presidente da Transpetro, com Renan e Sarney ocorreram nos dias 23 e 24 de fevereiro de 2016.

"Foram conversas separadas, mas de teor bastante semelhante; que nessas oportunidades relatou o que havia ocorrido em sua resid�ncia e sobre o que embasou a cautelar de busca e apreens�o; que conversaram ainda sobre o receio do depoente de novas dela��es e o risco que isso representava para todos, porque empresas que poderiam vir a fazer dela��o tinham mantido rela��es com o depoente e feito doa��es de vantagens il�citas, inclusive oficiais, para todos com recursos oriundos dos contratos da Transpetro", disse o delator.

Machado seguiu sua narrativa e "registrou que isso representaria um enorme risco para todos, sobretudo com rela��o �s empresas Queiroz Galv�o, que ainda n�o havia feito dela��o, e Camargo Corr�a, cujo prazo do acordo de leni�ncia ainda estaria em aberto; que apesar de o depoente tratar diretamente com os donos de tais empresas ainda assim haveria risco em caso de dela��o."

Para o ex-presidente da Transpetro, o risco de algum investigado fazer um acordo de dela��o havia sido "incrementado" pela altera��o da jurisprud�ncia do Supremo Tribunal Federal (STF). Desde fevereiro deste ano, a Corte m�xima passou a permitir a execu��o provis�ria da pena ap�s condena��o em segunda inst�ncia.

O ex-dirigente da subsidi�ria relatou � Procuradoria que conversou com Sarney na casa do ex-senador em Bras�lia na manh� de 23 de fevereiro. "No caso do senador Renan Calheiros o depoente se reuniu no dia 24 de fevereiro de 2016 com ele e seus advogados, na resid�ncia oficial, durante o dia para discutir em que p� se encontrava o inqu�rito que os envolvia e que resultara na busca e apreens�o no fim de 2015."

Defesa


Consultada pela reportagem, a Queiroz Galv�o informou que n�o comenta investiga��es em andamento. A companhia afirmou, ainda, que as doa��es eleitorais obedecem a legisla��o.


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