
De acordo com as investiga��es da Pol�cia Federal, entre 2010 e 2015, esse pagamento da Consist ao ministro e ao diret�rio nacional do PT, por meio de empresas laranjas, alcan�ou algo em torno de R$ 100 milh�es.Conforme as investiga��es, essa soma serviu para abastecer n�o s� a campanha em 2010 da senadora Gleisi Hoffman (PT/PR), casada com Paulo Bernardo, mas tamb�m para aquisi��o de bens pessoais e pagamento de empregados do ex-ministro.
Tamb�m de acordo com a for�a-tarefa da Pol�cia Federal e da Receita Federal, a Consist teve a contrata��o direcionada, ou seja, licita��o com "cartas marcadas", para que gerenciasse e controlasse empr�stimos consignados de servidores p�blicos. O empr�stimo consignado � um benef�cio dado a todo servidor p�blico em at� 30% do sal�rio e com desconto em folha.
Segundo os investigadores, Paulo Bernardo chegou a receber at� 10% do valor desviado por meio do superfaturamento de valores cobrados pela Consist para gerenciar e controlar empr�stimos consignados. Depois esse percentual direcionado a Bernardo teria ca�do para 5%, quando o ex-ministro deixou o Minist�rio do Planejamento, chegando a 2,5% quando ele estava no Minist�rio das Comunica��es. O procurador Andrey Borges de Mendon�a disse que o pre�o por servidor foi superfaturado para R$ 1, quando n�o deveria ultrapassar R$ 0,30.
Segundo os investigadores, o restante da propina era distribu�da por meio de empresas laranjas e os percentuais destinados �s campanhas eleitorais do PT eram definidos pelo ex-tesoureiro Jo�o Vaccari Neto, preso na Opera��o Lava-Jato.
Custo Brasil
A opera��o de hoje foi batizada de Custo Brasil, conforme os investigadores da for�a-tarefa, para mostrar como a corrup��o traz preju�zos para o pa�s. Segundo a Pol�cia Federal, est�o sendo cumpridos nesta quinta-feira 11 mandados de pris�o preventiva, 40 mandados de busca e apreens�o e 14 mandados de condu��o coercitiva nos Estados de S�o Paulo, Paran�, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Distrito Federal, todos expedidos pela 6ª Vara Criminal Federal em S�o Paulo.
O inqu�rito policial foi instaurado em dezembro de 2015, ap�s a decis�o do Supremo Tribunal Federal (STF) para que a documenta��o arrecadada na 18ª fase da Lava-Jato, conhecida como Pixuleco II, fosse encaminhada para investiga��o em S�o Paulo.
Os investigados responder�o, de acordo com suas a��es, pelos crimes de tr�fico de influ�ncia, corrup��o ativa, corrup��o passiva, lavagem de dinheiro e organiza��o criminosa, com penas de dois a 12 anos de pris�o.
Os presos e o material apreendido na a��o ser�o encaminhados � sede da Pol�cia Federal em S�o Paulo. As pessoas conduzidas de forma coercitiva ser�o ouvidas nas instala��es da PF mais pr�ximas dos locais em que forem encontradas.