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Estado de Minas

Planalto articula candidato �nico para a cadeira de Cunha

Apesar de afirmar que n�o se envolver�, governo articula nome de consenso para substituir Eduardo Cunha na presid�ncia da C�mara dos Deputados caso ele seja cassado em plen�rio


postado em 27/06/2016 06:00 / atualizado em 27/06/2016 07:35

Planalto quer nome da base para mandato tampão até 1º de fevereiro, caso Eduardo Cunha seja cassado(foto: José Cruz/Agência Brasil - 21/6/16)
Planalto quer nome da base para mandato tamp�o at� 1� de fevereiro, caso Eduardo Cunha seja cassado (foto: Jos� Cruz/Ag�ncia Brasil - 21/6/16)

Bras�lia – O Pal�cio do Planalto articula uma candidatura �nica da base, com mandato tamp�o at� 1º de fevereiro de 2017, para a sucess�o de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Presid�ncia da C�mara. A disputa entre a bancada do PMDB, o chamado “centr�o” e a antiga oposi��o (PSDB, DEM e PPS) pelo comando da Casa seria adiada para o pr�ximo ano para n�o atrapalhar a aprova��o do impeachment no Senado nem a vota��o das medidas do ajuste fiscal. O confuso Waldir Maranh�o (PP-MA), presidente interino da C�mara, se tornou um estorvo para o governo por n�o conseguir conduzir os trabalhos da Casa, at� porque a maioria dos deputados se recusa a participar de sess�es presididas por ele.

Ao contr�rio do Conselho de �tica, onde os prazos s�o contados por sess�es, na Comiss�o de Constitui��o, Justi�a e Cidadania (CCJ), � qual o presidente afastado da C�mara recorreu do pedido de cassa��o por quebra de decoro, os prazos s�o contabilizados por dias corridos. Ou seja, com sess�o em plen�rio ou sem, na quinta-feira o relat�rio ter� de ser apresentado no colegiado.

Ocorre que o relator designado inicialmente, deputado Elmar Nascimento (DEM-BA), renunciou � fun��o. Ele justificou a decis�o explicando que n�o se sentiria confort�vel em ter que, eventualmente, proferir alguma decis�o contr�ria ao parecer de Marcos Rog�rio (DEM-RO), seu colega de partido. O presidente da CCJ, Osmar Serraglio (PMDB-RJ), deve anunciar hoje o novo relator, mas os prazos est�o correndo. Serraglio mandou distribuir c�pias do recurso de Cunha a todos os membros da comiss�o. Para o peemedebista, independentemente do conte�do do parecer que ser� produzido, os argumentos do relator ter�o pouca influ�ncia na vota��o do colegiado j� que a an�lise n�o � s� t�cnica, mas pol�tica. Cunha alega que o relator da cassa��o, Marcos Rog�rio, ao trocar o PDT pelo DEM, tornou-se impedido.

A decis�o na CCJ ser� disputada, mas a maioria deve recusar o recurso de Cunha. Por essa raz�o, aceleram-se as articula��es para a sucess�o. Caso seja aprovada a cassa��o em plen�rio, a elei��o do novo presidente ocorrer� cinco dias. At� mesmo aliados mais pr�ximos de Cunha, como N�lson Meurer(PP-PR), que na semana passada virou r�u em processo da Opera��o Lava-Jato, avaliam que o peemedebista ser� cassado se o pedido for a plen�rio. Ou seja, a �ltima batalha para retardar a decis�o � a pr�xima reuni�o da CCJ, cuja pauta ficar� trancada at� que o caso seja decidido.

MUDAN�AS Na C�mara, as principais lideran�as dos grandes partidos mudaram recentemente. No PMDB, Leonardo Picianni (RJ) foi para o Minist�rio do Esporte e em seu lugar assumiu Baleia Rossi (SP), homem de confian�a do presidente interino, Michel Temer. No PSDB, Ant�nio Imbassahy (BA) ocupou o lugar de Bruno Ara�jo (PE); e Mendon�a Filho (PE) trocou a lideran�a do DEM pela Educa��o, ficando em seu posto Pauderney Avelino (AM). Nesse troca-troca, as lideran�as do chamado centr�o passaram a dar as cartas, emplacando, inclusive, o l�der do governo, o deputado Andr� Moura (PSC-SE). O resultado � a falta de consenso na base do governo sobre a sucess�o.

“A sa�da � definir uma agenda comum, o perfil do presidente e buscar uma candidatura �nica”, arrisca o l�der do PSD, deputado Rog�rio Rosso (DF), ele pr�prio um dos cotados para o posto. Outros nomes poss�veis s�o os de Jovair Arantes (GO), l�der do PTB; Aguinaldo Ribeiro (PB), l�der do PP; o segundo vice-presidente da C�mara, Giacobo (PR-PR) e o primeiro-secret�rio, Beto Mansur (PRB-SP). Todos s�o nomes com tr�nsito junto ao presidente afastado, Eduardo Cunha, que continua sendo um grande eleitor na Casa. Da antiga oposi��o, est�o na disputa Imbassahy e Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Outra op��o seria escolher um nome de consenso entre os parlamentares mais experientes como Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Jos� Foga�a (PMDB-RS), Miro Teixeira (Rede-RJ) e Esperidi�o Amin (PP-SC), todos com bom relacionamento no Pal�cio do Planalto. Quem pode costurar o consenso em torno de um desses nomes � Michel Temer, que por tr�s vezes comandou a C�mara, mas est� engessado pela situa��o de Cunha. Qualquer movimento que fa�a nessa dire��o seria enterr�-lo vivo, em um momento em que o peemedebista ainda luta desesperadamente para salvar o pr�prio mandato.


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