S�o Paulo - A Pol�cia Federal avaliou em relat�rio na Opera��o Custo Brasil - desdobramento da Lava Jato em S�o Paulo - que o esquema Consist "� um caso de muita gravidade". A a��o que prendeu o ex-ministro Paulo Bernardo, marido da senadora Gleisi Hoffmann (PT/PR), investiga contratos da Consist Software Limitada vinculados ao Minist�rio do Planejamento.
Sob o comando de Bernardo, que liderou a pasta de mar�o de 2005 a janeiro de 2011 no governo Lula, o Planejamento assinou acordo com o Sindicato Nacional das Entidades Abertas de Previd�ncia Complementar (SINAPP) e a Associa��o Brasileira de Bancos (ABBC).
Essas entidades contrataram a Consist para desenvolver o sistema de gerenciamento e controle dos cr�ditos consignados. De 2010 a 2015, o esquema teria gerado R$ 100 milh�es em propinas sobre o contrato da Consist.
"O esquema Consist � um caso de muita gravidade e que interfere diretamente em quest�es de ordem p�blica e econ�mica desde, pelo menos, 2010, com pagamentos de propinas que superam os R$ 102 milh�es, o que � mais assustador quando, em perspectiva, observamos se tratar de apenas um contrato, no �mbito de uma secretaria de um Minist�rio do Governo Federal (MPOG)", aponta o relat�rio de 281 p�ginas do delegado Ricardo Hiroshi Ishida.
A fraude, segundo a PF, ocorreu no gerenciamento e no controle de cr�ditos consignados para servidores p�blicos federais. Os funcion�rios que tomaram empr�stimo deveriam ter pago no m�ximo R$ 0,30, mensalmente, por um servi�o de gerenciamento e controle feito pela Consist, mas acabaram arcando com R$ 1,25, valor quatro vezes maior ao que deveria ser descontado em folha.