O lobista L�cio Bolonha Funaro, apontado como operador de propinas do presidente afastado da C�mara, deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), dever� ser interrogado nesta ter�a-feira na Pol�cia Federal em Bras�lia.
A pris�o do lobista foi decretada pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), na Opera��o S�psis - investiga��o sobre suposto esquema milion�rio de propinas no �mbito do FI/FGTS da Caixa.
O esquema teria sido idealizado por Funaro e por Eduardo Cunha, em 2011, segundo dela��o premiada do ex-vice-presidente da Caixa F�bio Cleto.
O delator contou que se reunia toda ter�a-feira, �s 7h30, na casa do parlamentar, inicialmente no apartamento funcional, depois na resid�ncia oficial da Presid�ncia da C�mara.
Nessas reuni�es, F�bio Cleto submetia ao crivo de Eduardo Cunha projetos milion�rios de grandes empresas que procuravam o Fundo de Investimento FGTS em busca de recursos. O ex-vice da Caixa apontou doze opera��es. Ele revelou que o peemedebista lhe dizia que ficava com propina equivalente a 1% do valor de cada contrato.
Segundo o delator, o presidente afastado da C�mara "selecionava" os projetos que deveriam ser aprovados pelo Comit� do FI/FGTS. A Opera��o S�psis indica que ap�s a "escolha" de Eduardo Cunha, L�cio Funaro se encarregava de fazer contato com dirigentes das empresas supostamente beneficiadas pelo aval do parlamentar.
Na audi�ncia prevista para esta ter�a, Funaro poder� permanecer em sil�ncio - conduta que a Constitui��o permite a investigados. Mas ele poder� responder �s indaga��es da Pol�cia Federal. "N�o est� nada definido", disse o advogado Daniel Gerber, defensor de Funaro.