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Estado de Minas

MPF estima em R$ 48 milh�es o valor de propina da Andrade Gutierrez em Angra 3


postado em 06/07/2016 14:43 / atualizado em 06/07/2016 14:59

As obras de constru��o civil da Usina Nuclear Angra 3, um contrato de R$ 1,2 bilh�o da Eletronuclear com a empreiteira Andrade Gutierrez, podem ter embutidos R$ 48 milh�es em propinas, em c�lculos estimados pelo procurador da Rep�blica Lauro Coelho Jr. Mais cedo, o Minist�rio P�blico Federal (MPF) e a Pol�cia Federal (PF) deflagraram a Opera��o Pripyat, investiga��o desdobrada da Lava Jato, mas conduzida no Rio.

A estimativa considera o pagamento de 4% do contrato de R$ 1,2 bilh�o em propinas. Cerca de metade do valor em propinas ficaria com funcion�rios da Eletronuclear, o "n�cleo administrativo" do esquema. Apenas o ex-presidente Othon Luiz Pinheiro, que teve a pris�o domiciliar convertida em preventiva nesta quarta-feira, 6, teria arrecadado 1%, ou cerca de R$ 12 milh�es.

Al�m de Pinheiro, foram presos preventivamente Luiz Antonio de Amorim Soares, Edno Negrini, Persio Jos� Gomes Jordani, Luiz Manuel Amaral Messias e Jos� Eduardo Brayner Costa Mattos, todos ex-diretores ou ex-superintendentes da Eletronuclear. O atual presidente, Pedro Jos� Diniz Figueiredo, acusado de interferir nas investiga��es e afastado hoje por decis�o da Justi�a federal do Rio, � o �nico funcion�rio em atividade na subsidi�ria da Eletrobras.

Tamb�m teve a pris�o preventiva decretada o operador de propinas Adir Assad, que j� estava preso no Rio. Assad foi acusado de lavagem de dinheiro na Opera��o Saqueador, da PF e do MPF do Rio, a qual investiga um esquema de corrup��o envolvendo a empreiteira Delta, e a Abismo, mais recente fase da Lava Jato.

Segundo o procurador Coelho Jr., o papel de Assad no esquema era "produzir caixa 2" para a Andrade Gutierrez. O operador de propinas � ligado �s empresas Legend, SP Terraplanagem e JSM Engenharia, usadas para intermediar propinas pagas pela empreiteira, de acordo com o MPF.

"Se repete o mesmo esquema revelado em fases anteriores da Lava Jato, e que se repetiu na Saqueador e na Abismo (mais recente fase da Lava Jato, deflagrada segunda-feira, 4)", disse Coelho Jr.

De acordo com o procurador, os ex-executivos da Eletronuclear montaram um escrit�rio, esp�cie de "quartel-general", e de l� continuavam exercendo influ�ncia na estatal. Escutas telef�nicas revelaram ind�cios de oculta��o de patrim�nio, destrui��o de documentos e manuten��o de contas no exterior, informou Coelho Jr.

O procurador explicou que o esquema usava tanto empresas de fachada, que simulavam presta��o de propinas, quanto caixa 2, quando as empresas faziam saques em dinheiro. Somente uma empresa, a Eval, de presta��o de servi�os de transportes, estava prestando servi�os de fato, mas teve o contrato superfaturado para gerar propina.

"Existe ainda a suspeita de que a Engevix, de Jos� Antunes Sobrinho, empresa respons�vel pelos principais projetos de engenharia de Angra 3, tamb�m tenha realizado pagamentos de propina aos funcion�rios da Eletronuclear", diz uma nota distribu�da pelo MPF.

Al�m das sete pris�es preventivas, a Opera��o Pripyat cumpriu tr�s mandados de pris�o tempor�ria, nove de condu��o coercitiva e 26 de busca e apreens�o. Segundo o delegado federal Frederico Skora, somente um mandado de condu��o coercitiva n�o foi cumprido, de Antonio Ernesto Ferreira Mueller, ligado �s empresas Flexsystem e AEM Sistemas, tamb�m usadas para repassar propina. Skora informou que Mueller estaria no exterior.

Tamb�m foi autorizado o bloqueio de bens e ativos de 17 pessoas f�sicas, mas nem a PF nem o MPF informaram o valor total envolvido.


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