
Bras�lia - A "tropa de choque" do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) trabalha na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) para obstruir o andamento dos trabalhos e evitar que o recurso do peemedebista seja votado nesta quarta-feira. O recurso de Cunha visa devolver ao Conselho de �tica o processo de cassa��o aprovado no m�s passado, mas se o mesmo for para vota��o nesta manh�, dificilmente ele sair� vitorioso.
A primeira manobra veio do deputado Jo�o Carlos Bacelar (PR-BA), questionando a abertura da sess�o. O aliado de Cunha alegou que n�o havia qu�rum suficiente para o in�cio dos trabalhos. O pedido foi negado pelo presidente da CCJ, Osmar Serraglio (PMDB-PR).
O deputado Hugo Motta (PMDB-PB), fiel aliado de Cunha, exigiu a leitura da ata da sess�o passada, o que fez os trabalhos atrasarem por pelo menos 30 minutos. Ele tamb�m fez um apelo para que o relator Ronaldo Fonseca (PROS-DF) pe�a mais prazo para analisar os oito votos em separado que ser�o apresentados na CCJ. "Temos de ter esse devido cuidado", insistiu o parlamentar, lembrando que no Conselho de �tica o relator do pedido de cassa��o de Cunha, Marcos Rog�rio (DEM-RO), se valeu de uma semana para analisar um voto em separado.
At� por volta das 11h15, Motta vinha liderando as manobras obstrutivas na sess�o, com ajuda dos deputados Arthur Lira (PP-AL), Soraya Santos (PMDB-RJ) e Edio Lopes (PR-RR), que pediram esclarecimentos sobre o encerramento das inscri��es para falar na sess�o. "Vamos trabalhar, mas sem atropelar", defendeu Motta.
Com a press�o, Serraglio reabriu as inscri��es. Cunha acompanha a movimenta��o de seus aliados sentado ao lado de seu advogado, Marcelo Nobre.