S�o Paulo - A Pol�cia Federal (PF) indiciou os empres�rios La�rcio Tom�, presidente do Grupo Tom�, e Carlos Alberto de Oliveira e Silva, ligado � empreiteira, e o doleiro Alberto Youssef por organiza��o criminosa, lavagem de dinheiro e corrup��o na Opera��o Lava-Jato. A investiga��o revela suposto pagamento de propina pela Tom� Engenharia e Tom� Equipamentos e Transportes sobre contratos das empresas com a Petrobras.
De acordo com a PF, propina de R$ 2,25 milh�es do Grupo Tom�, de S�o Bernardo do Campo (SP), tinha como destinat�rios finais o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto da Costa, o Partido Progressista, o ex-assessor do PP Jo�o Cl�udio Genu, al�m do pr�prio doleiro, "como contrapartida pelos servi�os prestados".
O pagamento de propina corresponderia a 1% dos valores totais recebidos em decorr�ncia dos contratos firmados pela Petrobras com as empresas do Grupo Tom�.
Tamb�m foram indiciados por organiza��o criminosa e lavagem de dinheiro o lobista Adir Assad, o empres�rio Marcelo Abbud, Mauro Abbud, Waldomiro de Oliveira, Ant�nio Almeida da Silva e, ainda, Sonia Branco e Sandra Branco.
A PF atribuiu os crimes de organiza��o criminosa e corrup��o passiva a Paulo Roberto Costa e a Genu. Os delatores Alberto Youssef, Paulo Roberto Costa, Augusto Mendon�a (empres�rio) e J�lio Camargo (lobista), todos j� condenados na Lava Jato, afirmaram que "o Grupo Tom� tamb�m participava do cartel de empreiteiras, recebendo contratos em troca de propina".
La�rcio Tom� e Carlos Alberto de Oliveira e Silva, segundo a PF, eram os representantes do grupo Tom� no cartel de empreiteiras, "tendo amplo conhecimento sobre o direcionamento das licita��es, as contrata��es fraudulentas e o pagamento de propinas".
O Relat�rio de Indiciamento da PF aponta que a Tom� teve obras nas Refinarias Presidente Bernardes em Cubat�o (SP) e Landulpho Alves de Mataripe (Bahia).
"Para fins de efetivar a entrega da vantagem indevida, foram utilizadas empresas do grupo de Adir Assad e de Alberto Youssef para operarem os repasses", aponta o Relat�rio de Indiciamento da Pol�cia Federal.
"A Tom� Engenharia SA e Tom� Equipamentos e Transportes LTDA transferiam valores para as empresas controladas pelo grupo de Adir Assad. Ato cont�nuo, esses montantes eram transferidos, via sistema banc�rio, para as empresas controladas por Alberto Youssef, momento em que a quantia era sacada em esp�cie e levada ao doleiro, o qual se incumbia de entregar, diretamente ou por meio de terceiros, aos seus destinat�rios finais."
O documento aponta Waldomiro de Oliveira e Ant�nio Almeida da Silva, o "Toninho", como os respons�veis por empresas de fachada que fariam parte do esquema. Segundo a PF, era incumbido a ambos "a emiss�o de notas fiscais ideologicamente falsas, a opera��o das contas banc�rias, a celebra��o de contratos simulados e os saques em esp�cie". Em contrapartida, teriam recebido de 1% a 5% dos valores movimentados nas contas.
Adir Assad, segundo a Federal, coordenava "n�cleo criminoso" que movimentava "milh�es sem identifica��o de seus titulares". Ele � personagem de uma sucess�o de esc�ndalos recentes na Petrobras, na Eletronuclear e em obras da construtora Delta.
Apontado como o "grande lavador de dinheiro il�cito de organiza��es criminosas", o lobista foi alvo de tr�s mandados de pris�o preventiva em um ano e tr�s meses nas opera��es Lava Jato, Saqueador e Pripyat.
"Adir Assad exercia papel semelhante ao do investigado Alberto Youssef, uma vez que, na condi��o de doleiro/operador, detinha o dom�nio de fato das contas banc�rias dessas empresas, tendo controle sobre a origem e o destino de todo o dinheiro movimentado por elas. Para tanto, indicava as pessoas jur�dicas e f�sicas que enviariam ou receberiam o dinheiro das contas banc�rias, assim como tamb�m era o recebedor do dinheiro em esp�cie sacado. Com isso, buscava ocultar e dissimular todo o itiner�rio percorrido pelo dinheiro dos seus clientes", destaca a PF.
O relat�rio da Pol�cia Federal apontou ainda o papel dos outros indiciados. "Sonia Mariza Branco, Sandra Maria Branco Malago, Mauro Jos� Abbud e Marcello Jose Abbud, s�cios, ex-s�cios ou representantes legais das pessoas jur�dicas mencionadas, seriam os respons�veis pela emiss�o de notas fiscais ideologicamente falsas, opera��o das contas banc�rias, a celebra��o de contratos simulados e os saques em esp�cie. Em contrapartida, ficariam com parte dos valores como forma de remunera��o pelo servi�o."
O advogado Guilherme Cremonesi, que defende os empres�rios do Grupo Tom�, disse em nota que "� importante ressaltar que o inqu�rito policial mencionado tramita em segredo de Justi�a sendo que, at� o presente momento, os Srs. La�rcio Tom� e Carlos Alberto de Oliveira e Silva ainda n�o foram oficialmente intimados para que sejam indiciados na Opera��o Lava Jato, raz�es pelas quais, n�o podem se manifestar".
"Dessa forma, n�o h� no que se falar em dela��o premiada do Sr. La�rcio Tom�", diz o texto. "Os Srs. La�rcio Tom� e Carlos Alberto de Oliveira e Silva repudiam veemente as acusa��es feitas em rela��o a empresa Tom�. O relacionamento comercial da Tom� sempre foi pautado na mais estrita legalidade e lisura".
O advogado Miguel Pereira Neto, que defende Adir Assad, tamb�m se manifestou, dizendo que "adotar� as medidas cab�veis tempestivamente � ci�ncia do quanto processado no inqu�rito".
"Jo�o Cl�udio Genu est� negociando dela��o premiada e vai comparecer em 10 de agosto para prestar depoimento", disse o advogado Marlus Arns, defensor do o ex-assessor do PP.
De acordo com a PF, propina de R$ 2,25 milh�es do Grupo Tom�, de S�o Bernardo do Campo (SP), tinha como destinat�rios finais o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto da Costa, o Partido Progressista, o ex-assessor do PP Jo�o Cl�udio Genu, al�m do pr�prio doleiro, "como contrapartida pelos servi�os prestados".
O pagamento de propina corresponderia a 1% dos valores totais recebidos em decorr�ncia dos contratos firmados pela Petrobras com as empresas do Grupo Tom�.
Tamb�m foram indiciados por organiza��o criminosa e lavagem de dinheiro o lobista Adir Assad, o empres�rio Marcelo Abbud, Mauro Abbud, Waldomiro de Oliveira, Ant�nio Almeida da Silva e, ainda, Sonia Branco e Sandra Branco.
A PF atribuiu os crimes de organiza��o criminosa e corrup��o passiva a Paulo Roberto Costa e a Genu. Os delatores Alberto Youssef, Paulo Roberto Costa, Augusto Mendon�a (empres�rio) e J�lio Camargo (lobista), todos j� condenados na Lava Jato, afirmaram que "o Grupo Tom� tamb�m participava do cartel de empreiteiras, recebendo contratos em troca de propina".
La�rcio Tom� e Carlos Alberto de Oliveira e Silva, segundo a PF, eram os representantes do grupo Tom� no cartel de empreiteiras, "tendo amplo conhecimento sobre o direcionamento das licita��es, as contrata��es fraudulentas e o pagamento de propinas".
O Relat�rio de Indiciamento da PF aponta que a Tom� teve obras nas Refinarias Presidente Bernardes em Cubat�o (SP) e Landulpho Alves de Mataripe (Bahia).
"Para fins de efetivar a entrega da vantagem indevida, foram utilizadas empresas do grupo de Adir Assad e de Alberto Youssef para operarem os repasses", aponta o Relat�rio de Indiciamento da Pol�cia Federal.
"A Tom� Engenharia SA e Tom� Equipamentos e Transportes LTDA transferiam valores para as empresas controladas pelo grupo de Adir Assad. Ato cont�nuo, esses montantes eram transferidos, via sistema banc�rio, para as empresas controladas por Alberto Youssef, momento em que a quantia era sacada em esp�cie e levada ao doleiro, o qual se incumbia de entregar, diretamente ou por meio de terceiros, aos seus destinat�rios finais."
O documento aponta Waldomiro de Oliveira e Ant�nio Almeida da Silva, o "Toninho", como os respons�veis por empresas de fachada que fariam parte do esquema. Segundo a PF, era incumbido a ambos "a emiss�o de notas fiscais ideologicamente falsas, a opera��o das contas banc�rias, a celebra��o de contratos simulados e os saques em esp�cie". Em contrapartida, teriam recebido de 1% a 5% dos valores movimentados nas contas.
Adir Assad, segundo a Federal, coordenava "n�cleo criminoso" que movimentava "milh�es sem identifica��o de seus titulares". Ele � personagem de uma sucess�o de esc�ndalos recentes na Petrobras, na Eletronuclear e em obras da construtora Delta.
Apontado como o "grande lavador de dinheiro il�cito de organiza��es criminosas", o lobista foi alvo de tr�s mandados de pris�o preventiva em um ano e tr�s meses nas opera��es Lava Jato, Saqueador e Pripyat.
"Adir Assad exercia papel semelhante ao do investigado Alberto Youssef, uma vez que, na condi��o de doleiro/operador, detinha o dom�nio de fato das contas banc�rias dessas empresas, tendo controle sobre a origem e o destino de todo o dinheiro movimentado por elas. Para tanto, indicava as pessoas jur�dicas e f�sicas que enviariam ou receberiam o dinheiro das contas banc�rias, assim como tamb�m era o recebedor do dinheiro em esp�cie sacado. Com isso, buscava ocultar e dissimular todo o itiner�rio percorrido pelo dinheiro dos seus clientes", destaca a PF.
O relat�rio da Pol�cia Federal apontou ainda o papel dos outros indiciados. "Sonia Mariza Branco, Sandra Maria Branco Malago, Mauro Jos� Abbud e Marcello Jose Abbud, s�cios, ex-s�cios ou representantes legais das pessoas jur�dicas mencionadas, seriam os respons�veis pela emiss�o de notas fiscais ideologicamente falsas, opera��o das contas banc�rias, a celebra��o de contratos simulados e os saques em esp�cie. Em contrapartida, ficariam com parte dos valores como forma de remunera��o pelo servi�o."
Defesas
O advogado Guilherme Cremonesi, que defende os empres�rios do Grupo Tom�, disse em nota que "� importante ressaltar que o inqu�rito policial mencionado tramita em segredo de Justi�a sendo que, at� o presente momento, os Srs. La�rcio Tom� e Carlos Alberto de Oliveira e Silva ainda n�o foram oficialmente intimados para que sejam indiciados na Opera��o Lava Jato, raz�es pelas quais, n�o podem se manifestar".
"Dessa forma, n�o h� no que se falar em dela��o premiada do Sr. La�rcio Tom�", diz o texto. "Os Srs. La�rcio Tom� e Carlos Alberto de Oliveira e Silva repudiam veemente as acusa��es feitas em rela��o a empresa Tom�. O relacionamento comercial da Tom� sempre foi pautado na mais estrita legalidade e lisura".
O advogado Miguel Pereira Neto, que defende Adir Assad, tamb�m se manifestou, dizendo que "adotar� as medidas cab�veis tempestivamente � ci�ncia do quanto processado no inqu�rito".
"Jo�o Cl�udio Genu est� negociando dela��o premiada e vai comparecer em 10 de agosto para prestar depoimento", disse o advogado Marlus Arns, defensor do o ex-assessor do PP.
