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Estado de Minas

'Eu quero desidratar essa coisa de Centr�o', afirma Temer

"� preciso unificar isso. Quero que seja tudo situa��o", afirmou o presidente em exerc�cio Michel Temer


postado em 15/07/2016 07:37 / atualizado em 15/07/2016 07:53

Presidente em exercício Michel Temer(foto: Marcos Correa/PR Brasília )
Presidente em exerc�cio Michel Temer (foto: Marcos Correa/PR Bras�lia )
Bras�lia - O presidente em exerc�cio Michel Temer disse, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que pretende implodir o Centr�o, grupo de partidos m�dios e at� hoje ligados ao ex-presidente da C�mara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que est� prestes a ser cassado. "Quero desidratar essa coisa de Centr�o e de outro grupo. � preciso unificar isso. Quero que seja tudo situa��o", afirmou ele. O "outro grupo" se refere � antiga oposi��o, composta por PSDB, DEM, PPS e PSB.

Temer confia no recesso branco deste m�s para que as "pequenas ranhuras" deixadas na disputa pelo comando da C�mara sejam cicatrizadas. "Uma ferida n�o dura mais do que 15 dias, n�o � verdade? Se voc� se ferir, ver� que dali a 15 dias se formou uma casquinha. A casquinha se dissolve."

Um dia ap�s a vit�ria de Rodrigo Maia (DEM-RJ), apoiado pelo Planalto e pelo PSDB para a presid�ncia da C�mara, Temer contou que usar� os 15 dias do recesso para compor o segundo escal�o do governo. A dire��o de Furnas, por exemplo, ficar� com a bancada do PMDB de Minas.

O sr. avalia que a elei��o do deputado Rodrigo Maia para a presid�ncia da C�mara representou derrota do PT, do ex-presidente Lula, da presidente afastada Dilma Rousseff e de Eduardo Cunha?

O Congresso quis dar uma mensagem de apoio ao governo, com os dois candidatos que foram para o segundo turno (Rodrigo Maia e Rog�rio Rosso, do PSD, candidato do Centr�o). Acho que est� havendo uma distens�o na C�mara. O candidato que teve apoio de outras alas foi justamente o nosso peemedebista Marcelo Castro. O que restou de tudo isso foi apoio ao governo.

E uma derrota poderia ter impacto na vota��o do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff?

Convenhamos, se h� outro tipo de vit�ria j� iam dizer "Ah, o governo perdeu", dar outra interpreta��o. Se o Planalto fosse derrotado seria negativo para o governo e para o Pa�s.

O Centr�o saiu maculado, presidente, est� se desintegrando...

Hoje, conversando com Rodrigo (Maia), nossa ideia � acabar com essa hist�ria da divis�o. O que houve foram pequenas ranhuras, pequenas rachaduras. O recesso branco vai ajudar. Quando chegar agosto, n�o haver� cicatriz. Eu quero aos poucos desidratar essa coisa de Centr�o e outro grupo (formado pela antiga oposi��o). Quero que n�o haja mais essa coisa. � preciso unificar isso. Quero que seja tudo situa��o.

O sr. far� reforma ministerial para acomodar a base aliada ap�s a disputa na C�mara?

Isso eu vou examinar naturalmente depois que o Senado decidir (se acatar� o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff). Seria apressado qualquer outra afirma��o. Mas n�o creio que haja feridas na base ministerial. Na base parlamentar, isso passa. Especialmente porque agora tem o recesso.

Mas como o sr. vai curar essas feridas? Ficaram cicatrizes.

N�o � exatamente a mim que cabe curar. Uma ferida n�o dura mais do que 15 dias, n�o � verdade? Se voc� se ferir, ver� que dali a 15 dias se formou uma casquinha. A casquinha se dissolve e volta ao normal.

Nesses 15 dias as nomea��es v�o sair do papel?

Vamos fechar tudo isso. Os nomes ser�o examinados, pautados pela Lei das Estatais, que estabelece restri��es.

Quem vai para o Turismo? Algu�m do PMDB de Minas?

Estamos examinando com calma. A bancada do PMDB de Minas est� acertando com Furnas. Vou devolver a estatal a eles. Furnas pode ser mais expressiva politicamente do que o Turismo. Tem Chesf, Eletronorte, Eletrosul, Itaipu...

A ascens�o do DEM e do PSDB configura nova hegemonia na base aliada do governo?

Acho que tem de haver hegemonia da base. Por quem ela � composta pouco importa. Se eu falar em hegemonia de um ou outro estarei dividindo aquilo que estou fazendo for�a para reunificar. � claro que, quando surgirem problemas, em fevereiro (nova elei��o para a presid�ncia da C�mara), talvez haja nova movimenta��o.

O senador A�cio Neves (MG) tentou fechar um acordo para que o sr. apoiasse um candidato do PSDB � presid�ncia da C�mara, em 2017. Isso � poss�vel?

Procurei n�o entrar nessa quest�o da C�mara, mas, quando come�ou a ter aquela coisa de que havia um candidato de oposi��o e que ia gerar manchete "Temer derrotado", � claro que eu tive uma preocupa��o. N�o entrei nessas hist�rias de acordo para depois. No momento oportuno, em janeiro de 2017, vamos examinar.

O sr. planeja se afastar de Eduardo Cunha?

Eu nunca me aproximei demais nem me afastei demais. Sempre tive um trato pessoal e um institucional. Nunca tive preocupa��o do tipo "Ah, se falar com fulano est� condenado". Eu falo com o Brasil inteiro, falo com a oposi��o. Ali�s, confesso que n�o sei: como foi a CCJ hoje (ontem)?

Cunha sofreu fragorosa derrota e agora o seu caso vai para o plen�rio da C�mara.

� mat�ria tipicamente da C�mara, que saber� decidir. Resta a ele o combate no plen�rio.

Mas o sr. sugeriu que ele renunciasse, n�o?

N�o. Apenas quando ele falou sobre isso, de passagem, eu disse que ele deveria meditar...

Cunha chegou a dizer a seus pares: "Hoje sou eu, amanh� s�o voc�s". O sr. n�o teme uma dela��o dele na Lava-Jato?

N�o sei o que ele quis dizer com isso. Talvez ele saiba, mas eu n�o saberia avaliar.

O sr. j� disse que a Lava Jato n�o abalar� sua gest�o, mas delatores de empresas que tinham contratos com a Petrobr�s acusam pol�ticos do PT e do PMDB, entre outros, de corrup��o. O governo est� imune?

O presidente da Rep�blica est� e penso que o governo tamb�m. N�o tenho preocupa��o com isso. De vez em quando um ou outro fala em meu nome, mas � t�o irrelevante que, se me permite a express�o, n�o cola, n�o �?

O sr. j� mostrou disposi��o de conversar com a oposi��o. Quando ser� isso?

Nas quest�es de Estado, n�o nas quest�es de governo. Nas quest�es de governo tenho absoluta convic��o de que eles n�o apoiariam. Mas (...) a Previd�ncia, por exemplo, � algo que d� para conversar porque n�o � para hoje.

O sr. vai procurar o ex-presidente Lula?

Precisamos primeiro esperar passar a decis�o do impeachment, n�o �?

Como ser� sua participa��o nas elei��es? O sr. subir� no palanque de Marta Suplicy?

N�o vou subir em palanque. Acho complicado porque tenho uma base parlamentar muito ampla. N�o sou mais presidente do PMDB. Hoje tenho de tomar mais cautela.

O sr. fica incomodado quando � chamado de golpista?

Nada, porque n�o sou. S� se for um golpista que se ampara na Constitui��o. Se isso � ser golpista... (faz sil�ncio e d� risada). Eu acho gra�a.


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