A defesa da petista argumentou que ela s� conseguiria responder aos questionamentos com base nos subs�dios das �reas t�cnicas, entretanto, algumas informa��es n�o foram disponibilizadas.
O relator do processo, ministro Jos� M�cio Monteiro, disse que na an�lise das contas de 2014 o prazo tamb�m foi estendido e que antes de deferir o pedido feito pela presidente Dilma consultou outros ministros da Corte.
Auditoria do TCU concluiu que o governo da petista fez empr�stimos ilegais com dois bancos p�blicos no ano passado. O relat�rio de t�cnicos da corte confirma que a gest�o de Dilma repetiu as pedaladas fiscais - uma das bases do processo de impeachment que tramita contra Dilma no Senado - no primeiro ano de seu segundo mandato e indica a responsabilidade de 11 autoridades da equipe econ�mica nas irregularidades, entre elas o ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy.
A avalia��o de fontes ligadas � presidente afastada � que ainda � cedo para avaliar se o aumento do prazo para a defesa pode ter alguma interfer�ncia no processo de impeachment. O ex-ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, que atua como advogado de Dilma no Senado, disse que a prorroga��o n�o "muda em nada" a estrat�gia da defesa.
Bancos
Conforme o parecer do TCU, o Tesouro Nacional atrasou repasses devidos n�o s� ao Banco do Brasil para bancar juros subsidiados pelo governo - o que � citado no processo de impeachment -, mas tamb�m ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES).
No entendimento dos auditores da corte, esses atrasos caracterizaram opera��es de cr�dito entre as institui��es financeiras estatais e seu ente controlador, a Uni�o, o que afronta a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Al�m das pedaladas, foram apontadas outras falhas, como o pagamento de d�bitos com o FGTS sem a devida autoriza��o em lei.
As pedaladas somaram R$ 5,63 bilh�es no caso do Banco do Brasil e R$ 8,04 bilh�es no caso do BNDES. As conclus�es refor�am argumentos de senadores favor�veis ao afastamento definitivo de Dilma e devem tamb�m influenciar eventual parecer da corte pela reprova��o das contas de 2015 do governo da petista.
Em 15 de junho, o tribunal j� havia apontado ind�cios de irregularidades nos balan�os apresentados pela gest�o da presidente afastada, abrindo prazo para que ela apresentasse defesa.