Uma audi�ncia p�blica para tratar do Plano Diretor de Belo Horizonte que ocorreu na C�mara Municipal de Belo Horizonte, na tarde desta segunda-feira, terminou em conflito. Integrantes do Ocupa��es Urbanas e do Movimento de Luta nos Bairros e Vilas e Favelas (MLB) e seguran�as da Casa se enfrentaram na entrada do plen�rio, ap�s os manifestantes decidirem permanecer no local em protesto pela falta de acordo sobre quest�es relacionadas �s moradias.
De acordo com pessoas que estavam presentes no local, o tumulto foi generalizado e integrantes dos movimentos populares e da seguran�a da C�mara ficaram feridos. Segundo a assessoria da Casa, pelo menos duas mesas do plen�rio onde sentam os vereadores foram danificadas. Outras cadeiras de pl�stico que estavam no espa�o teriam sido usadas durante o confronto.
Durante toda a tarde, parlamentares, representantes dos movimentos e o secret�rio adjunto de Planejamento, Leonardo Castro, debateram o assunto das moradias no Plano Diretor. Ao final, o vereador Preto (DEM) encerrou as discuss�es, mas devido aos protestos a reuni�o foi prorrogada por mais uma hora. Ap�s esse prazo, a audi�ncia foi encerrada. Foi a� que os manifestantes resolveram ocupar o plen�rio. Os participantes dos movimentos queriam ser recebidos pelo presidente da C�mara, vereadores Wellington Magalh�es (PTN), mas ele n�o teria atendido a reivindica��o.
Depois do tumulto, o Wellington Magalh�es recebeu os manifestantes. O parlamentar prometeu ao grupo apresentar um projeto mudando o zoneamento de v�rias ocupa��es na capital.
De acordo o coordenador do MLB, Leonardo P�ricles, o movimento vai participar da elabora��o do projeto, que ser� assinado pela mesa diretora da C�mara. Leonardo disse ainda que o presidente da Casa se comprometeu a apresentar uma emenda no plano diretor de BH tratando do assunto.
O presidente da C�mara afirmou que o projeto de lei vai tramitar em regime de urg�ncia e ele acredita que estar� aprovado em 60 dias. " estamos mexendo com gente necessitada", justificou.
Em rela��o �s agress�es sofridas pelos integrantes do MLB que invadiram o plen�rio da C�mara, Wellington Magalh�es disse que o caso ser� apurado e, se tiver havido excesso por parte dos seguran�as da Casa, eles ser�o punidos at� mesmo com a possibilidade de exonera��o.
Em sua p�gina no Facebook, o MLB informa que as discuss�es eram para garantir servi�os de saneamento b�sico para as moradias e tamb�m discute, os crit�rios usados para definir as �reas de interesse social no plano, mas que “n�o foi bem recebido na casa do povo. “O Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas - MLB veio at� a C�mara Municipal hoje exigir a vota��o do plano diretor da cidade e a inclus�o das ocupa��es urbanas, mas n�o foi bem recebido na casa do povo. A pol�cia legislativa juntamente dos seguran�as da c�mara municipal agrediram e torturaram nossos companheiros, a maior preocupa��o no momento � a seguran�a das crian�as e mulheres agredidas covardemente”, afirma o texto.