
A Justi�a Federal aceitou nesta sexta-feira (29) den�ncia apresentada pelo Minist�rio P�blico Federal no Distrito Federal (MPF-DF) contra o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, o ex-senador Delc�dio do Amaral, e mais cinco acusados pelo crime de obstru��o das investiga��es da Opera��o Lava-Jato.
Com a decis�o, Lula e Delc�dio passam � condi��o de r�us na a��o penal, al�m do ex-controlador do Banco BTG Andr� Esteves, Diogo Ferreira, ex-chefe de gabinete de Delc�dio; o empres�rio Jos� Carlos Bumlai e o filho dele, Maur�cio Bumlai, e o advogado Edson Ribeiro.A den�ncia foi aceita pelo juiz substituto da 10ª Vara Federal, Ricardo Leite, que tamb�m foi juiz da Opera��o Zelotes.
Todos envolvidos s�o acusados de tentativa de embara�o � Justi�a e explora��o de prest�gio. Pesa contra Ribeiro uma terceira acusa��o, de patroc�nio infiel. Segundo a den�ncia, os r�us tentaram impedir o ex-diretor da �rea Internacional da Petrobras Nestor Cerver� de assinar acordo de dela��o premiada com a for�a-tarefa de investigadores da Opera��o Lava-Jato. Na semana passada, o MPF reiterou a den�ncia contra os acusados, que j� haviam sido denunciados ao Supremo Tribunal Federal (STF), pelo procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot.
No dia 24 de junho, o ministro Teori Zavascki remeteu o processo para a Justi�a Federal em Bras�lia, por entender que a suposta tentativa de embara�ar as investiga��es ocorreu na capital federal. Al�m disso, com a cassa��o do mandato de Delc�dio do Amaral, nenhum dos envolvidos permaneceu com foro privilegiado na Corte.
A den�ncia foi oferecida pelo procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, em maio. No documento, Janot afirma que o ex-presidente cumpriu "papel central" na trama para tentar comprar o sil�ncio de Cerver� e tentar "embara�ar" as investiga��es da Lava-Jato. A den�ncia estava inicialmente sob a condu��o do ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).
O processo, no entanto, desceu para a primeira inst�ncia ap�s Delc�dio perder o foro privilegiado e foi desmembrado da Lava-Jato porque Teori entendeu que os fatos da den�ncia n�o tinham rela��o com a investiga��o sobre o esquema de corrup��o da Petrobras conduzida no Paran� pelo juiz S�rgio Moro.