
� publica��o, a assessoria de imprensa do Pal�cio do Planalto confirmou que Temer e o empres�rio se encontraram h� dois anos, mas afirmou que todo o dinheiro repassado pela empreiteira est� de acordo com a legisla��o eleitoral.
Segundo Veja, em um dos anexos da dela��o premiada que Marcelo negocia com a Lava Jato, � relatado um jantar no Pal�cio do Jaburu, resid�ncia oficial do vice-presidente, em maio de 2014. Durante o encontro, do qual tamb�m participou o ent�o deputado Eliseu Padilha, hoje ministro-chefe da Casa Civil, Temer teria pedido ao empreiteiro “apoio financeiro” para o PMDB, que presidia � �poca.
Ainda de acordo com a revista, Marcelo disse que repassou R$ 10 milh�es em dinheiro vivo. Padilha teria recebido R$ 4 milh�es e o presidente da Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, candidato ao governo de S�o Paulo pelo PMDB, teria recebido outros R$ 6 milh�es. Os valores teriam sido contabilizados no Setor de Opera��es Estruturadas da Odebrecht, tamb�m conhecido como o “Departamento da Propina” da empreiteira.
Em resposta � Veja, o Pal�cio do Planalto informou que Temer e Marcelo de fato jantaram no Pal�cio do Jaburu em maio de 2014 para falar sobre “aux�lio financeiro da construtora a campanhas eleitorais do PMDB, em absoluto acordo com a legisla��o eleitoral em vigor e conforme foi depois declarado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE)”. Segundo o TSE, a Odebrecht doou R$ 11,3 milh�es � dire��o nacional do PMDB naquele ano.
Tamb�m em resposta � revista, o ministro-chefe da Casa Civil diz: “Lembro que Marcelo Odebrecht ficou de analisar a possibilidade de aportar contribui��es de campanha para a conta do PMDB, ent�o presidido pelo presidente Michel Temer”. De acordo com a assessoria do ministro, “como Padilha n�o foi candidato, n�o pediu nem recebeu ajuda financeira de quem quer que seja para sua elei��o”.
Skaf, tamb�m em resposta � revista Veja, negou ter recebido recursos de Marcelo. Segundo Skaf, a Braskem, empresa controlada pela Odebrecht, doou R$ 200 mil � sua campanha naquele ano.
Acordo
Preso desde junho de 2015, Marcelo Odebrecht foi condenado pelo juiz S�rgio Moro, respons�vel pela Lava Jato, a 19 anos de pris�o e multa de mais R$ 100 milh�es por danos causados � Petrobras.
Em outros trechos da dela��o premiada, o empreiteiro disse que repassou propinas referentes a contratos com a Petrobras por meio de doa��es eleitorais, entre elas as da presidente afastada Dilma Rousseff e tamb�m do senador A�cio Neves (PSDB), que tamb�m disputou a Presid�ncia. Ambos negam.
Conforme pessoas que tiveram acesso �s negocia��es entre o empreiteiro e a for�a-tarefa da Lava Jato, cerca de 50 executivos da Odebrecht, a maior empreiteira do Brasil, participam da dela��o que envolve dezenas de deputados, senadores e governadores dos mais diversos partidos e segmentos da pol�tica nacional.