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Estado de Minas

Lava-Lato acha agenda de contatos pol�ticos da Queiroz Galv�o

N�o � a primeira vez que a Lava-Jato depara com nomes e contatos de pol�ticos em computadores das grandes empreiteiras


postado em 17/08/2016 08:37 / atualizado em 17/08/2016 08:57

S�o Paulo, 17 - O ex-presidente Lula (PT), o deputado federal Paulo Maluf (PP), o ex-senador Delc�dio Amaral (ex-PT/MS) e o governador de S�o Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) s�o alguns pol�ticos que aparecem na lista de 80 contatos encontrados em um HD da Queiroz Galv�o, �ltima grande empreiteira do cartel que supostamente fraudava licita��es da Petrobras a ter seus executivos presos pela Opera��o Lava Jato.

A agenda da Queiroz Galv�o foi anexada a um relat�rio da Pol�cia Federal. O documento n�o atribui aos pol�ticos citados nenhuma irregularidade, apenas lista os contatos, que incluem um “doleiro” identificado como Alexandre Farto.

A rela��o indica o amplo espectro pol�tico de contatos que a empreiteira mantinha com o ent�o presidente da Rep�blica de 2003 a 2010, com senadores, deputados estaduais e federais, vereadores de S�o Paulo e ministros e ex-ministros.



N�o � a primeira vez que a Lava Jato depara com nomes e contatos de pol�ticos em computadores das grandes empreiteiras. Desde seu in�cio, em 2014, a opera��o identificou muitos contatos, trocas de mensagens de celular e de e-mails entre executivos da c�pula das maiores construtoras do Pa�s com pol�ticos, assessores e funcion�rios p�blicos.

Os dados que estavam na sede da Queiroz Galv�o foram entregues por advogados da empresa �s autoridades em cumprimento aos mandados de busca da 7ª etapa da opera��o, batizada Ju�zo Final, desdobramento da Lava Jato deflagrada em novembro de 2014 e que levou os principais empreiteiros do Pa�s para a cadeia. Em depoimento � Pol�cia Federal na �ltima sexta-feira, 12, por�m, os executivos da Queiroz ficaram em sil�ncio.

Da lista de contatos consta inclusive nomes j� investigados, como o empres�rio Carlos Roberto Cortegoso, dono da Focal Confec��o e Comunica��o Visual - segunda maior fornecedora da campanha de 2014 da presidente afastada Dilma Rousseff (PT). Na semana passada, ele virou r�u na Justi�a Federal em S�o Paulo acusado de lavar R$ 309 mil do esquema que desviou dinheiro de empr�stimos consignados de servidores p�blicos alvo da Opera��o Custo Brasil.

O ex-senador Delc�dio Amaral - que chegou a ser preso em 25 de novembro, acusado de tentar obstruir as investiga��es da Lava Jato e acabou fazendo um acordo de dela��o premiada - e o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo (PT), r�u na Custo Brasil acusado de liderar o esquema de desvio de dinheiro de cr�ditos consignados no Minist�rio do Planejamento, aparecem entre os contatos.

Na agenda da empreiteira tamb�m h� espa�o para outro nome emblem�tico da hist�ria recente de esc�ndalos, alvo de investiga��es no Brasil e no exterior, o conselheiro afastado do Tribunal de Contas de S�o Paulo Robson Marinho - acusado de receber propina no caso Alstom, esquema de pagamentos da multinacional francesa em obras do setor energ�tico no governo de S�o Paulo.

Em alguns casos, a lista de uma das maiores empresas do Pa�s inclui at� telefones pessoais (como o de Delc�dio e de Robson Marinho), nomes de familiares e endere�o da resid�ncia dos pol�ticos. Na maioria dos casos, por�m, s�o identificados apenas os contatos dos assessores e mesmo os telefones oficiais dos gabinetes de vereadores da C�mara Municipal de S�o Paulo, de deputados federais e de minist�rios do governo Lula. H� ainda os contatos do atual gabinete do secret�rio de Governo do Estado de S�o Paulo Saulo de Castro, que foi chefe da Casa Civil do governo paulista at� o ano passado. Apesar de constar na agenda como sendo da Casa Civil, em refer�ncia ao cargo antigo, dentre os tr�s telefones que aparecem na agenda est� o do atual gabinete do secret�rio. Procurada, a assessoria do governo de S�o Paulo n�o se manifestou.

Em outras ocasi�es em que a Lava Jato encontrou refer�ncias a pol�ticos com os executivos das grandes empreiteiras a Procuradoria-Geral da Rep�blica chegou a abrir investiga��o. Um dos casos que chamou a aten��o dos investigadores, por exemplo, foram as trocas de mensagens do ex-presidente da OAS L�o Pinheiro com pol�ticos, entre eles o ex-presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), deram origem a investiga��es sobre o lobby de grandes empres�rios no Congresso.


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