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Estado de Minas

'Voc�s est�o muito bem atendidos financeiramente', disse Lula, segundo delator

De acordo com den�ncia do Minist�rio P�blico Federal, esta declara��o de Lula ocorreu durante dela��o premiada do ex-deputado Pedro Corr�a


postado em 16/09/2016 12:07 / atualizado em 16/09/2016 12:42

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva(foto: Minervino Junior/CB/D.A Press)
Ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (foto: Minervino Junior/CB/D.A Press)
Curitiba e S�o Paulo - Os procuradores da Rep�blica que integram a for�a-tarefa da Opera��o Lava-Jato anexaram � den�ncia contra o ex-presidente da Rep�blica Luiz In�cio Lula da Silva por corrup��o e lavagem de dinheiro depoimento do ex-deputado Pedro Corr�a (ex-PP/PE), que, em dela��o premiada, revelou bastidores da organiza��o criminosa que tomou o controle da Petrobras.

Corr�a atribuiu a Lula di�logos que colocam o petista no centro do esquema de loteamento dos cargos graduados da estatal petrol�fera. O relato do ex-deputado � uma das pe�as que a Procuradoria usa na den�ncia formal contra o ex-presidente, a quem acusa de "comandante m�ximo do esquema de corrup��o".

A Procuradoria tamb�m juntou � den�ncia os depoimentos de outros delatores - o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, o ex-diretor de Internacional da estatal, Nestor Cerver�, e o ex-senador Delc�dio Amaral (ex-PT/MS).

"O controle de todo esquema criminoso por Lula ficou muito claro quando, em 2006, antes das elei��es, Pedro Corr�a e Jos� Janene (ent�o presidente do PP e idealizador do esquema de propinas na Petrobras) foram apresentar para Lula reivindica��es de novos cargos e valores que seriam usados em benef�cio de campanhas pol�ticas", afirma o Minist�rio P�blico Federal.

Na ocasi�o, Lula teria negado os pleitos, segundo a dela��o de Pedro Corr�a; "Voc�s t�m uma diretoria muito importante, est�o muito bem atendidos financeiramente. Paulinho tem me dito." Paulinho, segundo a den�ncia, � Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, que inaugurou a rede de propinas da estatal. Sua diretoria era controlada pelo PP de Janene.

Preso em mar�o de 2014, Costa fechou acordo de dela��o premiada cinco meses depois.

Segundo Pedro Corr�a, naquela reuni�o em 2006 Lula disse ainda que "Paulinho tinha deixado o partido muito bem abastecido, com dinheiro para fazer a elei��o de todos os deputados".

"Dessa forma, Lula revelou de forma expl�cita para Pedro Corr�a que tinha o comando da din�mica criminosa instalada na Petrobras e dela beneficiava diretamente", sustentam os 13 procuradores da for�a-tarefa.

Em um trecho de seu depoimento, Pedro Corr�a destacou: "O Governo Lula aparelhou cargos nas esferas estaduais pertencentes � Uni�o (delegacias de minist�rios, etc) para a 'companheirada do PT'. A� foi necess�rio a negocia��o com cargos mais altos em empresas p�blicas para as agremia��es da base aliada."

Segundo o ex-deputado ocorreu "uma reuni�o no gabinete de Jos� Genu�no (ex-presidente do PT), com a presen�a de Pedro Corr�a, Pedro Henry, Silvio Pereira e Jos� Janene (…); Jos� Dirceu definia; na hip�tese de dissenso, o que ocorria na maioria das indica��es, as defini��es eram feitas por Lula".

Ao abordar a participa��o de Lula no preenchimento dos cargos diretivos da Petrobras, Pedro Corr�a informou. "Antes da reelei��o de 2006, o colaborador Pedro Corr�a foi procurar Lula, juntamente com Janene. Ambos entraram pela garagem do Planalto, para pedir dinheiro para a campanha do PP. Lula se esquivou, dizendo que n�o tinha obriga��o de ajudar, pois Paulinho tinha deixado o partido muito bem abastecido, com dinheiro para fazer a elei��o de todos os deputados." "Em reuni�o com a bancada do PP no Pal�cio do Planalto, o presidente Lula tamb�m disse que o PP estava bem atendido com os cargos que tinham."

A defesa do ex-presidente Lula nega enfaticamente que ele tenha envolvimento com a organiza��o criminosa que o Minist�rio P�blico Federal afirma ter assumido o controle das diretorias mais importantes da Petrobras.

Na quinta-feira, 15, o ex-presidente da Rep�blica desafiou seus algozes. Ele disse que a Lava-Jato n�o encontrou nenhuma prova contra ele da pr�tica de qualquer il�cito.


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