O ministro da Justi�a, Alexandre de Moraes, sinalizou neste domingo, 25, em Ribeir�o Preto (SP), que uma nova etapa da Opera��o Lava-Jato vai ser deflagrada nesta semana. Em uma conversa com representantes do Movimento Brasil Limpo, sobre o futuro da investiga��o e da a��o conjuntas entre Minist�rio P�blico Federal e Pol�cia Federal (PF), Moraes disse que a Lava-Jato prosseguiria e emendou: "Teve a semana passada e esta semana vai ter mais, podem ficar tranquilos. Quando voc�s virem esta semana, v�o se lembrar de mim", disse o ministro em um evento de campanha do deputado federal Duarte Nogueira (PSDB), candidato a prefeito no munic�pio paulista.
O ministro afirmou que a Lava-Jato � uma "bel�ssima opera��o" e o prosseguimento das investiga��es, com "o apoio total � Pol�cia Federal", � um compromisso feito desde que assumiu o cargo. Moraes rebateu acusa��es de que tenha havido exagero na pris�o, depois revogada, do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, na �ltima quinta-feira, 22, quando ele acompanhava uma cirurgia da esposa. Para o ministro, a PF s� cumpriu um mandado judicial e atuou de forma "absolutamente discreta" para deter Mantega no hospital. "A pris�o s� foi revogada por um fato superveniente (posterior), desconhecido da pol�cia, Minist�rio P�blico e Judici�rio, um fato humanit�rio, o que n�o leva a nenhum descr�dito toda a opera��o e aquele momento da pris�o".
Moraes comentou tamb�m a tentativa da C�mara de aprovar um projeto para anistiar a criminaliza��o do caixa 2 em campanhas eleitorais passadas e punir apenas as poss�veis a��es futuras. Segundo ele, o governo defende uma maior criminaliza��o e uma pena maior da pr�tica e "obviamente jamais uma extin��o de punibilidade, uma aboli��o", disse. "O que n�s defendemos � punir mais forte o caixa 2. Temos de tirar essa pr�tica nociva da pol�tica nacional porque, com isso, vamos tirar tamb�m os pol�ticos que usam essa pratica para se reeleger", emendou o ministro.
Repatria��o
Sobre a tentativa de deputados federais de mudar a lei de repatria��o, que descriminaliza a reentrada no Pa�s de recursos n�o declarados no exterior, e ainda as a��es como a feita pelo Solidariedade ao Supremo Tribunal Federal (STF) para permitir que pol�ticos e ocupantes de cargos p�blicos tamb�m possam se beneficiar da pr�tica, o ministro comentou que a C�mara discute uma "modula��o" da legisla��o. Para ele, se a medida for aprovada, � pass�vel, como qualquer outra, de uma a��o direta de inconstitucionalidade (Adin) no STF, uma decis�o que seria pol�tica do Congresso. "Obviamente, se houver algum tipo de exagero que acabe atuando para descriminalizar outras condutas que n�o seja somente a evas�o de dinheiro, por v�cio de iniciativa o Supremo pode se manifestar", disse.
Moraes acrescentou que o governo n�o tem qualquer problema ou temor em rela��o �s poss�veis revela��es que o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) possa fazer em um livro prometido para antes do Natal sobre os bastidores do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), que levou Michel Temer (PMDB) a assumir o cargo. "Governo n�o tem nenhum problema em rela��o a isso, � absolutamente tranquilo sobre a decis�o tomada soberanamente da C�mara dos Deputados, um poder independente, e, assim como os demais brasileiros, todos vamos aguardar o livro", concluiu.