Bras�lia - Levantamento realizado pelo jornal O Estado de S. Paulo aponta que ao menos 96 pessoas, entre prefeitos, secret�rios municipais, candidatos e militantes, foram executadas por motiva��es pol�ticas entre janeiro e setembro deste ano. Os dados t�m como base registros policiais, em sua maioria, al�m de documentos de f�runs, den�ncias do Minist�rio P�blico e processos nos Tribunais de Justi�a.
Uma s�rie de 13 assassinatos de pr�-candidatos e candidatos a vereador e cabos eleitorais no Rio de Janeiro, neste ano, contribuiu para tornar 2016 o mais sangrento na pol�tica desde a Lei de Anistia, em 1979.
O levantamento n�o inclui as tr�s mortes ocorridas na quarta-feira, 28, na cidade goiana de Itumbiara. A pol�cia ainda investiga o motivo que levou o funcion�rio p�blico Gilberto Ferreira do Amaral a matar o candidato a prefeito Jos� Gomes da Rocha (PTB) e ferir o governador em exerc�cio Jos� �liton (PSDB) durante uma carreata. Amaral e o policial Vanilson Jo�o Pereira morreram ap�s o tiroteio.
Entre os motivos para as mortes de pol�ticos neste ano est� o controle do dinheiro dos munic�pios. Foram mortos C�cero Lopes, de Mara� (AM), Gilmar Pinheiro, de Praia Norte (TO), e Jos� Gomes, de Goian�sia (PA). Com sa�da apenas pelo Rio Japur�, Mara�, a 630 quil�metros de Manaus, viveu dias de guerra civil em fevereiro, quando o prefeito do PROS, de 65 anos, foi alvejado com um tiro de espingarda nas costas, numa emboscada. O vice-prefeito Magno Moraes, 24 anos, do PT, que tinha diverg�ncia com C�cero, assumiu o poder. A fam�lia de C�cero o acusa pelo assassinato.
A Pol�cia Civil, no entanto, indiciou quatro comerciantes que tinham d�vida a receber da prefeitura. Destes, dois admitiram o crime: L�zaro e Anderson Moraes, primos de Magno.
A lista de pol�ticos mortos neste ano inclui tamb�m candidato a vereador pelo PP do Rio e presidente da tradicional escola de samba Portela, Marcos Vieira de Souza, o Falcon, de 52 anos. Ele foi assassinado a tiros, no dia 26 de setembro, por dois homens que invadiram o seu comit� de campanha, em Madureira. A s�rie de mortes de pol�ticos no Estado nestas elei��es � quase a mesma das disputas municipais de quatro anos atr�s, quando 11 pessoas morreram.
A busca do poder por meio de crimes de mando ocorre tamb�m em cidades pacatas. � o caso de Luiziana, de sete mil habitantes, no Paran�, a 328 quil�metros de Curitiba, onde o secret�rio municipal de Fazenda, Lindolfo Angelo Cardoso, de 31 anos, foi morto dentro de casa e diante de um filho.
Desde a redemocratiza��o, entidades de direitos humanos cobram dos tr�s Poderes dados oficiais. Desta vez, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apresentou um n�mero de 20 assassinatos pol�ticos nos �ltimos nove meses, um avan�o nas divulga��es da Justi�a, que sempre apresentou vers�es gen�ricas e n�meros ainda mais baixos.
De agosto de 1979 para c�, 1.269 pessoas morreram por motiva��es de disputas pelo poder pol�tico no Pa�s. Este n�mero � fruto de um monitoramento dos homic�dios na pol�tica feito pelo jornal O Estado de S. Paulo h� tr�s anos. Em 2013, o jornal publicou o caderno especial "Sangue Pol�tico" que mostrou as conex�es entre os mandantes dos assassinatos e grupos pol�ticos estaduais e nacionais.
Uma s�rie de 13 assassinatos de pr�-candidatos e candidatos a vereador e cabos eleitorais no Rio de Janeiro, neste ano, contribuiu para tornar 2016 o mais sangrento na pol�tica desde a Lei de Anistia, em 1979.
O levantamento n�o inclui as tr�s mortes ocorridas na quarta-feira, 28, na cidade goiana de Itumbiara. A pol�cia ainda investiga o motivo que levou o funcion�rio p�blico Gilberto Ferreira do Amaral a matar o candidato a prefeito Jos� Gomes da Rocha (PTB) e ferir o governador em exerc�cio Jos� �liton (PSDB) durante uma carreata. Amaral e o policial Vanilson Jo�o Pereira morreram ap�s o tiroteio.
Entre os motivos para as mortes de pol�ticos neste ano est� o controle do dinheiro dos munic�pios. Foram mortos C�cero Lopes, de Mara� (AM), Gilmar Pinheiro, de Praia Norte (TO), e Jos� Gomes, de Goian�sia (PA). Com sa�da apenas pelo Rio Japur�, Mara�, a 630 quil�metros de Manaus, viveu dias de guerra civil em fevereiro, quando o prefeito do PROS, de 65 anos, foi alvejado com um tiro de espingarda nas costas, numa emboscada. O vice-prefeito Magno Moraes, 24 anos, do PT, que tinha diverg�ncia com C�cero, assumiu o poder. A fam�lia de C�cero o acusa pelo assassinato.
A Pol�cia Civil, no entanto, indiciou quatro comerciantes que tinham d�vida a receber da prefeitura. Destes, dois admitiram o crime: L�zaro e Anderson Moraes, primos de Magno.
A lista de pol�ticos mortos neste ano inclui tamb�m candidato a vereador pelo PP do Rio e presidente da tradicional escola de samba Portela, Marcos Vieira de Souza, o Falcon, de 52 anos. Ele foi assassinado a tiros, no dia 26 de setembro, por dois homens que invadiram o seu comit� de campanha, em Madureira. A s�rie de mortes de pol�ticos no Estado nestas elei��es � quase a mesma das disputas municipais de quatro anos atr�s, quando 11 pessoas morreram.
A busca do poder por meio de crimes de mando ocorre tamb�m em cidades pacatas. � o caso de Luiziana, de sete mil habitantes, no Paran�, a 328 quil�metros de Curitiba, onde o secret�rio municipal de Fazenda, Lindolfo Angelo Cardoso, de 31 anos, foi morto dentro de casa e diante de um filho.
N�meros oficiais
Desde a redemocratiza��o, entidades de direitos humanos cobram dos tr�s Poderes dados oficiais. Desta vez, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apresentou um n�mero de 20 assassinatos pol�ticos nos �ltimos nove meses, um avan�o nas divulga��es da Justi�a, que sempre apresentou vers�es gen�ricas e n�meros ainda mais baixos.
'Sangue pol�tico'
De agosto de 1979 para c�, 1.269 pessoas morreram por motiva��es de disputas pelo poder pol�tico no Pa�s. Este n�mero � fruto de um monitoramento dos homic�dios na pol�tica feito pelo jornal O Estado de S. Paulo h� tr�s anos. Em 2013, o jornal publicou o caderno especial "Sangue Pol�tico" que mostrou as conex�es entre os mandantes dos assassinatos e grupos pol�ticos estaduais e nacionais.