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Estado de Minas

Inseguran�a ronda a vota��o em algumas cidades do pa�s

Rio de Janeiro, Goi�s e Maranh�o, estados que registraram crimes pol�ticos e atos de viol�ncia, refor�am policiais nas ruas. Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, diz esperar pleito com paz


postado em 02/10/2016 06:00 / atualizado em 02/10/2016 08:21

"As pessoas podem ir votar e devem votar sem medo. Uma das condi��es b�sicas do voto � a liberdade de fazer a escolha" - Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ontem, em visita a S�o Lu�s, para acompanhar a situa��o de viol�ncia no estado. Na foto, Mendes ao lado do ministro da Defesa, Raul Jungmann (foto: TSE/Divulga��o)

Depois de registrar dezenas de assassinatos com motiva��o pol�tica na reta final para as elei��es municipais em alguns estados, como Rio de Janeiro e Goi�s, os brasileiros v�o �s urnas hoje num clima de inseguran�a. Al�m de escolta para levar cerca de 2 mil urnas aos locais de vota��o, o governo do estado do Maranh�o est� em alerta e refor�ou a seguran�a nas ruas, pois organiza��es criminosas teriam feito amea�as de bomba hoje. O Rio de Janeiro, que registrou at� ontem 14 assassinatos por motiva��o pol�tica (a maioria na Baixada Fluminense), ter� o maior n�mero de militares das For�as Armadas do pa�s no esquema de seguran�a para o pleito: ser�o 6,5 mil homens. Isso sem contar os 15 mil policiais que atuam diariamente no estado fluminense. O custo estimado para esse esquema � de R$ 23 milh�es.

Ontem, sob escolta policial, caminh�es dos Correios levaram cerca de 2 mil urnas eletr�nicas em S�o Lu�s e regi�o metropolitana, ap�s uma onda de ataques a �nibus e locais de vota��o. Durante a madrugada, ao menos sete escolas onde haveria vota��o hoje foram incendiadas ou depredadas. As se��es eleitorais foram transferidas para outros locais. O governo do Maranh�o tamb�m refor�ou a seguran�a em locais que foram alvo de atentados.

Em meio � onda de viol�ncia, o governo estadual anunciou que, al�m dos 7,5 mil integrantes das pol�cias do estado, 1,3 mil homens das For�as Armadas e da For�a Nacional far�o a seguran�a nas proximidades e nos locais de vota��o. Na noite de sexta-feira, ao menos cinco �nibus foram incendiados em S�o Lu�s, depois de na quinta-feira tr�s escolas serem alvo de depreda��o. A avalia��o do governo � de que os atos violentos s�o uma rea��o a mudan�as na gest�o penitenci�ria.

Em mensagem divulgada ontem, o governador Fl�vio Dino (PCdoB) atribuiu a viol�ncia a “organiza��es criminosas [que] querem amedrontar a sociedade para tentar retomar privil�gios que tiveram no passado”. “N�o aceitamos recuar um mil�metro na implanta��o da disciplina e da ordem em nosso sistema prisional. N�o cedemos a chantagens pol�ticas ou de criminosos”, afirmou o governador. A recente onda de viol�ncia come�ou com uma rebeli�o no complexo penitenci�rio de Pedrinhas, no dia 24.

Entre janeiro de 2013 e o in�cio de 2014, o complexo de Pedrinhas registrou 63 mortes, jogando luz sobre o problema carcer�rio brasileiro, n�o apenas do Maranh�o. A penitenci�ria, com capacidade para 1.950 pessoas, abriga mais de 3 mil, segundo relat�rio divulgado em mar�o pela organiza��o n�o governamental Conectas. O documento indicou ainda que o local permanece superlotado e com relatos de tortura. No ano passado, houve registro de decapita��es entre detentos e at� canibalismo. O governo do Maranh�o disse ter identificado 35 detentos como os mentores dos ataques. Na manh� de ontem, 23 deles foram transferidos para um pres�dio federal de seguran�a m�xima, em Mossor� (RN). For�as estaduais de seguran�a est�o fazendo opera��es especiais neste fim de semana, como revistas nos pres�dios e policiamento ostensivo para evitar ataques contra as urnas eletr�nicas.

No Rio de Janeiro, os 14 assassinatos de candidatos � elei��o chocaram o pa�s. O caso mais recente foi na segunda-feira, quando criminosos invadiram o comit� eleitoral do candidato a vereador Marcos Vieira de Souza, o “Marcos Falcon”, e o executaram com tiros de fuzil. Falcon tamb�m era policial militar e presidente da Escola de Samba Portela. A pol�cia ainda est� apurando a real motiva��o do crime. O refor�o nacional no estado estar� distribu�do em 11 cidades, al�m da capital. Os locais foram escolhidos pelo Tribunal Superior Eleitoral, a partir de pedidos feitos pelas prefeituras. A For�a Nacional cuidar� do policiamento ostensivo, no lugar da Pol�cia Militar, na regi�o da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, com 500 homens.

TEMA � PROBLEMA DE TODOS
“Acho que vamos ter elei��es em paz. Agora, todavia, n�o vamos esquecer que temos um quadro de inseguran�a. N�o � uma inseguran�a do quadro eleitoral ou causada diretamente pela disputa eleitoral. O Brasil est� vivendo um quadro de inseguran�a p�blica”, afirmou ontem o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, que, em companhia do ministro da Defesa, Raul Jungmann, visitou a capital maranhense para avaliar a situa��o e discutir o refor�o da seguran�a. Mendes afirmou que o Brasil vive um quadro de inseguran�a p�blica que precisa ser colocado na agenda do governo federal. Segundo ele, o tema de seguran�a n�o � um problema apenas dos estados, mas tamb�m da Uni�o.
“As pessoas podem ir votar e devem votar sem medo. Uma das condi��es b�sicas do voto � a liberdade de fazer a escolha”, orientou Mendes. Ele lembrou que quase 400 munic�pios ter�o refor�o das for�as federais de seguran�a, classificando como “lament�vel” o assassinato do candidato a prefeito Jos� Gomes da Rocha (PTB), o Z� Gomes, em Itumbiara (GO), na quarta-feira. Tamb�m citou a Baixada Fluminense, onde nos �ltimos meses 14 pessoas envolvidas em campanhas eleitorais foram assassinadas na regi�o. O presidente do TSE estima que at� as 21h de hoje a maioria dos munic�pios brasileiros j� vai saber o resultado das urnas.

CADEIA NACIONAL � noite, em cadeia nacional de r�dio e TV, Gilmar Mendes voltou a garantir a seguran�a durante a vota��o. Garantiu que o TSE trabalha “incansavelmente” para garantir o car�ter secreto dos votos. O ministro ainda condenou a compra de votos e destacou o avan�o do processo eleitoral no pa�s, com a identifica��o biom�trica e as urnas eletr�nicas. “Um sistema �gil, seguro e confi�ve”, afirmou;


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