Moro destacou, segundo a fala do l�der americano, que 'n�o existe crime mais s�rio do que a corrup��o'.
A investiga��o mostrou que Gim Argello recebeu R$ 7,35 milh�es da UTC Engenharia, da Toyo Setal e da OAS, em 2014.
Segundo a for�a-tarefa da Procuradoria da Rep�blica e da Pol�cia Federal, os repasses de propinas foram feitos via doa��es eleitorais - R$ 5 milh�es da UTC Engenharia, R$ 2 milh�es da Toyo Setal e R$ 350 mil da OAS, este montante destinado � Par�quia S�o Pedro, em Taguatinga.
As empreiteiras teriam pago o ent�o senador em 2014 para que seus executivos fossem blindados de duas CPIs da Petrobras.
Na decis�o, o juiz da Lava Jato anotou que tomaria a 'liberdade de citar trecho de um eloquente discurso do presidente norte-americano Theodore Roosevelt, de 7 de dezembro de 1903, a respeito dos males da corrup��o p�blica e da necessidade de uma atua��o vigorosa das institui��es p�blicas a esse respeito'.
"N�o existe crime mais s�rio do que a corrup��o. Outras ofensas violam uma lei enquanto a corrup��o ataca as funda��es de todas as leis" assinalou o juiz da Lava Jato. "Sob nossa forma de Governo, toda a autoridade est� investida no povo e � por ele delegada para aqueles que o representam nos cargos oficiais. N�o existe ofensa mais grave do que a daquele no qual � depositada t�o sagrada confian�a, quem a vende para seu pr�prio ganho e enriquecimento, e n�o menos grave � a ofensa do pagador de propinas. Ele � pior que o ladr�o, porque o ladr�o rouba o indiv�duo, enquanto que o agente corrupto saqueia uma cidade inteira ou o Estado. Ele � t�o maligno como o assassino, porque o assassino pode somente tomar uma vida contra a lei, enquanto o agente corrupto e a pessoa que o corrompe miram, de forma semelhante, o assassinato da pr�pria comunidade."
Moro anotou, ainda. "O Governo do povo, pelo povo e para o povo ir� perecer da face da terra se a corrup��o for tolerada. Os benefici�rios e os pagadores de propinas possuem uma mal�vola preemin�ncia na inf�mia. A exposi��o e a puni��o da corrup��o p�blica s�o uma honra para uma na��o, n�o uma desgra�a. A vergonha reside na toler�ncia, n�o na corre��o. Nenhuma cidade ou Estado, muito menos a Na��o, pode ser ofendida pela aplica��o da lei. (..). Se n�s falharmos em dar tudo o que temos para expulsar a corrup��o, n�s n�o poderemos escapar de nossa parcela de responsabilidade pela culpa. O primeiro requisito para o autogoverno bem sucedido � a aplica��o da lei, sem vacilos, e a elimina��o da corrup��o."
Na mesma senten�a que condenou Gim Argello, o juiz da Lava Jato imp�s ao empreiteiro L�o Pinheiro, da OAS, 8 anos e 2 meses de reclus�o por corrup��o ativa e lavagem de dinheiro. Outro empreiteiro, Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, pegou 10 anos e seis meses de pris�o pelos mesmos crimes.
O executivo Walmir Pinheiro Santana, ligado � UTC, foi condenado a 9 anos, 8 meses e 20 dias de reclus�o por corrup��o ativa, lavagem de dinheiro e obstru��o � investiga��o de organiza��o criminosa.
Ricardo Pessoa e Walmir Santana s�o delatores da Lava Jato e v�o cumprir penas estabelecidas em seus acordos de colabora��o premiada.
L�o Pinheiro tentou fechar acordo de coopera��o com a Procuradoria-Geral da Rep�blica, mas as negocia��es fracassaram ap�s vazamento de informa��o. Ele foi preso pela segunda vez na Lava Jato em setembro deste ano.