
Sem citar o juiz S�rgio Moro, que conduz as investiga��es da Opera��o Lava-Jato, Lula cita que devastaram suas contas pessoais, as de sua esposa e filhos, grampearam seus telefonemas, invadiram sua casa e o conduziram � for�a para depor, sem motivo razo�vel ou base legal. "Est�o � procura de um crime, para me acusar, mas n�o encontraram e nem v�o encontrar", destaca no artigo.
O ex-presidente diz que "essa ca�ada" come�ou na campanha presidencial de 2014 e, mesmo assim, n�o desistiu de continuar percorrendo o Pa�s e nem desistiu da luta por igualdade e justi�a social. Ele cita conquistas das gest�es petistas, como o Bolsa Fam�lia, o Luz para Todos, o Minha Casa Minha Vida e o acesso de jovens pobres e negros ao ensino superior. O ex-presidente argumenta que n�o pode se calar diante "dos abusos cometidos pelos agentes do Estado que usam a lei como instrumento de persegui��o pol�tica". Para o petista, "epis�dios espetaculosos", como as pris�es de seus ex-ministros Antonio Palocci e Guido Mantega (solto horas depois da deten��o), interferiram no resultado das elei��es municipais do primeiro turno.
Em sua defesa, Lula afirma que jamais praticou, autorizou ou se beneficiou de atos il�citos na Petrobras ou em qualquer outro setor do governo. E critica a classifica��o, segundo ele martelada pela m�dia, de que o Partido dos Trabalhadores � uma organiza��o criminosa. E informa que em dois anos de investiga��es, n�o foi encontrado "nenhum centavo n�o declarado" em suas contas, nenhuma empresa de fachada e nenhuma conta secreta. "Moro h� 20 anos no mesmo apartamento em S�o Bernardo", emendou.
No artigo, o petista alega que "h� uma perigosa ignor�ncia" dos agentes da lei quanto ao funcionamento do governo e das institui��es, como o Parlamento. E destaca que causa indigna��o e surpreende "a leviandade, a despropor��o e a falta de base legal das den�ncias". "N�o mais se importam com fatos, provas, normas do processo. Denunciam e processam por mera convic��o." E reitera que n�o pode ser acusado de corrup��o, j� que n�o � mais agente p�blico desde 2011.
Lula afirma ainda que seus acusadores sabem que ele n�o roubou, n�o foi corrompido nem tentou obstruir a Justi�a. "Mas n�o podem admitir, n�o podem recuar depois do massacre que promoveram na m�dia". E continua: "Tornaram-se prisioneiros das mentiras que criaram, na maioria das vezes a partir de reportagens facciosas e mal apuradas. Est�o condenados a condenar e devem avaliar que, se n�o me prenderem, ser�o eles os desmoralizados perante a opini�o p�blica." Segundo ele, "n�o � o Lula que pretendem condenar", mas sim o projeto pol�tico que representa junto com milh�es de brasileiros e a democracia brasileira.
No final do artigo, o ex-presidente diz que ele e o PT apoiam as investiga��es, o julgamento e a puni��o de quem desvia dinheiro p�blico, reiterando que ningu�m atuou tanto quanto os governos petistas para criar mecanismos de controle de verbas p�blicas, transpar�ncia e investiga��o. E cita ter a consci�ncia tranquila e o reconhecimento do povo. "Confio que cedo ou tarde a Justi�a e a verdade prevalecer�o, nem que seja nos livros de hist�ria", diz Lula, argumentando que o que mais lhe preocupa no momento "s�o as cont�nuas viola��es ao Estado de Direito", como a "sombra do estado de exce��o que vem se erguendo sobre o Pa�s."