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Estado de Minas

Ainda favorito, Crivella sofre desgaste


postado em 24/10/2016 07:32 / atualizado em 24/10/2016 09:09

Rio de Janeiro - A uma semana do segundo turno, a disputa no Rio, que antes parecia decidida, se acirrou. O candidato Marcelo Crivella (PRB), l�der folgado nas pesquisas, passou � defensiva, depois que vieram � tona declara��es pol�micas sobre religi�o e homossexualidade e uma deten��o em 1990, sob acusa��o de invas�o de domic�lio.

J� o candidato Marcelo Freixo (PSOL), que adotava um discurso ameno e propositivo e estava muito longe de Crivella nas pesquisa, contratou assessores que tinham trabalhado em campanhas do PMDB e do PSDB, conforme revelou o Estado, e adotou uma estrat�gia de desconstru��o do advers�rio, com ataques duros. O resultado foi a redu��o em nove pontos da diferen�a entre os dois candidatos, que, no entanto, na ultima pesquisa Ibope, ainda apareciam distanciados um do outro, com uma vantagem de 17 pontos para Crivella.

Segundo o levantamento do instituto divulgado na quinta-feira passada, Crivella tem 46% das inten��es de voto; Freixo, 29%. Os dois t�m o desafio de avan�ar sobre os 25% dos eleitores que declararam que v�o votar em branco, nulo ou ainda n�o se decidiram para o pleito.

Para o cientista pol�tico Geraldo Tadeu Monteiro, do Instituto Universit�rio de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj), � cedo para afirmar que h� "uma onda Freixo" e se ele ter� margem para virar a disputa. "Ainda precisamos de uma terceira pesquisa. Aparentemente, houve um desgaste da candidatura do Marcelo Crivella", declarou.

Monteiro afirma que o tom da campanha est� "muito belicoso de parte a parte". "A televis�o mostra um spot do Freixo seguido do Crivella, ambos com ataques bem diretos, acusa��es graves. Normalmente esse tipo de enfrentamento leva � situa��o em que os dois perdem. S�o informa��es mal decodificadas pelo eleitor. A impress�o geral � de um vozerio de xingamentos. E se os dois perdem, isso favorece o Crivella, que est� na frente", afirmou.

Refluxo


A disputa no segundo turno come�ou morna. O primeiro debate, na Band, foi centrado em propostas. Em seguida, Crivella cancelou a participa��o em debates, reassumiu o mandato de senador e passou a ter compromissos em Bras�lia.

A mudan�a de tom partiu de Freixo, que assumiu estrat�gia mais ofensiva. Passou a fazer inser��es apontando a alian�a de Crivella com o ex-governador Anthony Garotinho e reproduziu v�deo gravado voluntariamente por Carminha Jerominho, filha do ex-vereador Jerominho, condenado por chefiar a maior mil�cia do Estado, em que ela diz que a fam�lia apoia Crivella.

O cientista pol�tico Ricardo Ismael, da PUC-RJ, avalia que Crivella enfrentou tr�s ondas negativas. A primeira foi quando a campanha de Freixo fez a liga��o entre o advers�rio e Garotinho; n�o obteve grande efeito. Em seguida, vieram a publica��o de reportagens sobre livro em que ele faz cr�ticas a homossexuais e outras religi�es e v�deos com falas que seguem a mesma linha.

"A op��o da propaganda negativa est� surtindo efeito, e houve a transfer�ncias de votos dele para Freixo. Crivella n�o conseguiu ainda neutralizar a associa��o com a Igreja Universal e surge a terceira onda, que � a reportagem da Veja, com a foto de sua deten��o. Mesmo que ele consiga se explicar, essa explica��o faz com que o fato circule mais ainda. � prematuro dizer que haver� virada, mas existe tempo suficiente para que ela aconte�a", afirmou.

Ismael lembra que o tempo de campanha deste segundo turno est� t�o longo quanto o primeiro, prejudicado por Olimp�ada e impeachment da presidente Dilma. "Se houver debate, este pode ser decisivo. Crivella est� extremamente pressionado e vai precisar de capacidade muito grande para impedir que essa onda cres�a", afirmou.


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