A Pol�cia Federal deflagrou nesta quinta-feira, a 11ª fase da Opera��o Acr�nimo, que apura pagamento de propina por contratos de publicidade nos Minist�rios da Sa�de, Cidades e Turismo. Em dela��o premiada, a empres�ria Danielle Fonteles, dona da Pepper Comunica��o Interativa, admitiu ter sido subcontratada pela ag�ncia Agnelo Comunica��o para participar de campanhas nas tr�s pastas. Em troca, teria feito pagamentos ao empres�rio Benedito Rodrigues Oliveira, o Ben�, outro delator, que confessou operar esquemas de corrup��o no governo federal.
As declara��es da empres�ria indicaram aos investigadores que a participa��o do assessor no suposto esquema n�o foi integralmente descrita por Ben� em sua colabora��o. Por isso, ele poder� perder benef�cios pactuados com investigadores da Opera��o Acr�nimo se comprovado que tentou proteg�-lo.
Caber� � Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) avaliar se cabe rever o acordo com o empres�rio, que conseguiu transfer�ncia para a pris�o domiciliar desde junho.
Danielle afirmou que em 2011, a pedido de Ben�, Trombiere conseguiu que a Agnelo fosse contratada para campanha de combate � dengue na Sa�de. A ag�ncia, no entanto, n�o teria executado os servi�os, que foram terceirizados � Pepper, a qual receberia R$ 1 milh�o pelos servi�os. Disse que sua empresa repassou R$ 283 mil a uma empresa ligada a Ben� e sugeriu que ele pagasse R$ 120 mil, a t�tulo de comiss�o, a Marcier, o que, segundo ela, ocorreu.
Trombiere j� havia sido preso em 2014, na 1ª fase da Acr�nimo, quando voltava de Belo Horizonte com Ben� num jatinho, transportando dinheiro de origem suspeita. Na �poca, ele colaborava para a campanha de Fernando Pimentel (PT) ao governo de Minas. O petista tamb�m n�o � alvo desta fase. A reportagem n�o conseguiu contato com o advogado de Trombiere. A defesa de Ben� n�o retornou contatos da reportagem. A Agnelo, em nota, informou ter "todos os arquivos e comprovantes que garantem o cumprimento de todos os trabalhos contratados" pela Pepper.