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Estado de Minas

'Esp�lio' do PT � ocupado por 25 siglas

Principal derrotado nas elei��es municipais, prefeituras administradas pelos petistas passaram para o comando de 25 partidos


postado em 01/11/2016 07:31 / atualizado em 01/11/2016 08:56

S�o Paulo - O "esp�lio" do PT, principal derrotado nas elei��es municipais de 2016, foi pulverizado por 25 partidos. Esse � o total de legendas que, a partir de 2017, vai comandar cidades conquistadas por petistas em 2012 e perdidas neste ano.

Nenhum partido teve desempenho muito distante de sua m�dia nacional nas ex-cidades petistas. Em n�meros absolutos, os maiores avan�os foram feitos pelo PMDB (106 prefeituras) e PSDB (95). Mas eles tamb�m foram os dois maiores vencedores no conjunto de todos os munic�pios, e sua taxa de sucesso foi similar nas �reas governadas pelo PT ou n�o.

H� quatro anos, candidatos petistas venceram elei��es em 638 munic�pios - o melhor resultado da hist�ria do partido. Dessas cidades, o partido s� conseguir� se manter no poder em 109, ou 17%. No caso do PSDB, essa taxa de continuidade ser� o dobro (34%). Os tucanos venceram em 695 munic�pios h� quatro anos, e conseguiram repetir a dose em 235 delas.

O recuo petista fica ainda mais evidente quando se analisa o tamanho do eleitorado que o partido perder� no conjunto das 638 cidades. De um total de 28,7 milh�es de eleitores, o PT s� continuar� governando 1,9 milh�o - uma perda de 93%.

Uma em cada dez ex-cidades petistas foi conquistada por um partido "nanico", de baixa express�o eleitoral. Enquadram-se nessa categoria as legendas que, na elei��o de 2014, obtiveram menos de 2% dos votos para a C�mara dos Deputados, em termos nacionais e em pelo menos metade das unidades da Federa��o.

Balan�o


A derrota do PT nas sete cidades em que disputou o segundo turno, neste domingo, 30, foi encarada por l�deres do partido como algo muito grave, mas j� esperado. Em conversas mantidas nesta segunda-feira, 31, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva disse que o quadro n�o mudou em rela��o ao primeiro turno.

Segundo interlocutores de Lula, o ex-presidente tem dito que o fracasso hist�rico do PT nas urnas refor�a, juntamente com outros fatores, a necessidade urgente de uma reformula��o radical do partido.

Palavras como "cat�strofe" e "fundo do po�o" foram usadas por petistas, em car�ter reservado, para descrever a situa��o eleitoral da legenda. No discurso oficial, entretanto, dirigentes preferem encarar a derrota como um fato normal.

"N�o aconteceu nada muito diferente daquilo que a gente imaginava", disse o secret�rio nacional de Organiza��o, Florisvaldo Souza, respons�vel por fazer os balan�os pr�-eleitorais do partido. "Foi ruim."

Segundo ele, o alto �ndice de aus�ncias e de votos em branco e nulos registrado em diversas cidades � fruto da "criminaliza��o" da qual o PT seria v�tima. "O PT � v�tima de um golpe, de um longo processo de criminaliza��o. Por isso houve tanta absten��o. As pessoas perdem a f� na pol�tica", disse Florisvaldo, da corrente majorit�ria Construindo um Novo Brasil (CNB).

J� o ex-ministro Miguel Rossetto, da Mensagem ao Partido, principal corrente da esquerda petista, citou o Marqu�s de Pombal, sobre o terremoto que devastou Lisboa em 1755, para resumir a situa��o: "Agora � enterrar os mortos, cuidar dos vivos e tocar a vida", avaliou.

Na avalia��o de interlocutores de Lula, o desastre eleitoral refor�a a posi��o da esquerda petista, defendida tamb�m pelo ex-presidente, de que a nova dire��o e a reformula��o program�tica do PT devem ser feitas por meio de um congresso de delegados. A CNB � a favor de um processo de elei��es diretas (PED), conforme manda o estatuto petista.


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