
Bras�lia - O presidente Michel Temer disse que a elevada propor��o de votos brancos, nulos e absten��es nas elei��es municipais no pa�s deve abrir a discuss�o, dentro da reforma pol�tica, sobre a obrigatoriedade de votar. Ele afirmou, por�m, que a eventual ado��o do voto facultativo tem de ser acompanhada de esclarecimentos sobre a import�ncia de eleger representantes. As declara��es foram dadas em entrevista na Rede TV. “Talvez fosse o caso de come�ar a examinar a hip�tese do voto facultativo. Evidentemente que isso tem de ser acompanhado com a prega��o da cidadania”, afirmou Temer, para quem o voto funciona como uma “procura��o” dada pelo cidad�o a quem o representar�. “Acho que h� naturalmente um mal-estar com a classe pol�tica. E muitas vezes a cr�tica vem pelo sil�ncio, pela absten��o, pelo voto nulo”, avaliou.
Temer voltou a negar que a PEC que congela os gastos do governo por 20 anos afetar� os mais pobres. Ele explicou que o teto � geral, mas haver� flexibilidade para tirar recursos de uma �rea e colocar em outra. “Seria me chamar, me permita a express�o forte, de idiota”, afirmou Temer, sobre os boatos de que o governo iria cortar o Bolsa-Fam�lia.
Parlamentarismo
O peemedebista, que sucedeu � ex-presidente Dilma Rousseff ap�s o impeachment, defendeu o parlamentarismo como op��o para o Brasil, dizendo que tal sistema pol�tico cria solu��es pr�ticas para trocas necess�rias de governo. O presidente disse que o parlamentarismo “seria �til para o pa�s” e que poderia ser discutido no �mbito da reforma j� para 2018. “� poss�vel (entrar em discuss�o). H� muitos agentes pol�ticos que s�o parlamentaristas, voc� pode discutir na reforma pol�tica para 2018 ou para 2022”, afirmou. “No Parlamentarismo, se acontecer um desastre no governo, voc� muda o governo com maior tranquilidade”, completou.
Sem dar detalhes sobre a reforma da Previd�ncia, que, segundo ele, est� ainda em fase de elabora��o pelos t�cnicos do governo, o presidente garantiu que haver� paridade de regras entre trabalhadores da iniciativa privada, do servi�o p�blico e a classe pol�tica. Ele afirmou que as mudan�as no crit�rio de idade poder�o atingir quem tem menos de 50 anos e regras de transi��es para quem j� passou dessa idade.
Temer defendeu as privatiza��es, concess�es e outras formas de aquecer a economia e diminuir o desemprego. Garantiu, por�m, que �reas como sa�de, seguran�a e educa��o n�o est�o no alvo de tais medidas. O presidente afirmou n�o ter “obje��o” em rela��o � venda de terras para estrangeiros, desde que haja uma “regula��o adequada”.
O presidente evitou marcar posi��o cr�tica em rela��o � Venezuela, afirmando que a preocupa��o do Brasil � sob o foco humanit�rio e pol�tico, para que haja tranquilidade no pa�s. Ele lamentou o fato de o governo de Nicol�s Maduro ter recusado uma doa��o de rem�dios feita pelo chanceler Jos� Serra.