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Estado de Minas

Comiss�o de �tica decide hoje se abre processo contra Geddel Vieira Lima

A conduta do ministro no cargo est� sob suspeita depois da demiss�o do ministro da Cultura Marcelo Calero


postado em 21/11/2016 08:17 / atualizado em 21/11/2016 09:28

Geddel Vieira Lima é acusado de pressionar o Iphan para liberar um empreendimento imobiliário de alto luxo em Salvador no qual ele tinha comprado um apartamento(foto: Valter Campanato/Agencia Brasil)
Geddel Vieira Lima � acusado de pressionar o Iphan para liberar um empreendimento imobili�rio de alto luxo em Salvador no qual ele tinha comprado um apartamento (foto: Valter Campanato/Agencia Brasil)
A Comiss�o de �tica P�blica da Presid�ncia da Rep�blica vai analisar nesta segunda- feira a abertura de processo para investigar o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB/BA). A conduta do ministro no cargo est� sob suspeita depois da demiss�o do ministro da Cultura Marcelo Calero, que pediu exonera��o do cargo ap�s denunciar Geddel de pressionar o Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional (Iphan) para liberar um empreendimento imobili�rio de alto luxo em Salvador no qual Geddel tinha comprado um apartamento.

A reuni�o da comiss�o de da Presid�ncia da Rep�blica est� marcada para acontecer na manh� de hoje, no Pal�cio do Planalto. A decis�o do colegiado s� dever� ser divulgada na noite desta segunda-feira.

Calero pediu demiss�o na sexta-feira (18) e, no dia seguinte, denunciou Geddel de
Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) por pressionar o Iphan, �rg�o subordinado ao Minist�rio da Cultura, para que autorizasse a constru��o de um edif�cio com altura acima do permitido em Salvador, na Bahia.

Calero, que tamb�m � diplomata, disse durante evento no Rio de Janeiro que n�o deseja a ningu�m “estar diante de uma press�o pol�tica, claramente um caso de corrup��o” como ele afirma ter estado.
"N�o me considero her�i nem a pessoa mais honesta do mundo, n�o tenho hist�ria de supera��o para contar, sempre tive uma vida confort�vel, mas na conta, trabalhando para isso. Meu pai e minha m�e trabalharam muito, eu estudava e trabalhava e fui criado num ambiente onde os valores de retid�o e honestidade sempre foram fundamentais. N�o tenho iate, casa na praia nem joia cara, mas tenho reputa��o e nome. Perco o cargo, mas n�o perco a cabe�a. Esse mundo (do poder em Bras�lia) � muito diferente, � rotina estar num n�vel de milh�es, a gente vai at� perdendo a no��o de normalidade das coisas. Eu cheguei a contar para amigos o que estava acontecendo e perguntar: ‘Isso � errado mesmo, como estou pensando, ou eu estou louco?’", contou Calero, que disse ter narrado ao presidente Michel Temer (PMDB) no �ltimo dia 17 a press�o que sofria.

"Ele falou: 'Mas o presidente sou eu, n�o o Geddel'. S� que eu percebi que a press�o ia continuar, ent�o preferi sair. J� inventaram v�rias vers�es, culparam at� a vaquejada (pela sa�da do minist�rio), mas saio de cabe�a erguida porque sei exatamente o que aconteceu", afirmou o ex-ministro.
"Uma situa��o como essa, de um ministro ligar para outro ministro pedindo interfer�ncia em um �rg�o p�blico para que uma decis�o fosse tomada em seu benef�cio, n�o � normal e n�o pode ser vista assim. N�o � normal", afirmou.

O diplomata, que vai voltar ao cargo no Itamaraty, afirmou n�o ter gravado as conversar com Geddel, mas n�o est� preocupado em ter sua vers�o contestada pelo ex-colega. "N�o tenho nada a temer. N�o tenho rabo preso, n�o sou metido em maracutaia, sou um cidad�o de classe m�dia, servidor p�blico, diplomata de carreira, assalariado, n�o tenho nada a esconder. Nunca agi errado, nunca roubei. Sou um cidad�o normal", afirmou.

Outro lado


Em entrevista ao Estado de Minas, Geddel admitiu que pediu, “duas ou tr�s vezes”, ao ent�o ministro da Cultura, Marcelo Calero, para “acompanhar” a obra, mas negou ter feito press�o e disse que atua��o como dono de um im�vel n�o o constrange. “Pelo contr�rio, me legitima porque eu estou a par do que estava acontecendo”, garantiu.

O pr�dio est� em constru��o e Geddel adquiriu uma cota em 2015. Ele afirma que declarou o novo patrim�nio, um im�vel no 23º andar, � Receita Federal e ao governo, quando assumiu o cargo de ministro. Corretores ouvidos pela reportagem disseram que um apartamento naquele andar, de 259 metros quadrados, custa R$ 3,4 milh�es aproximadamente. No primeiro andar, s�o R$ 2,5 milh�es. Na cobertura, R$ 4,9 milh�es. O Instituto de Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional (Iphan) embargou obras acima do 13º andar por entender que elas ferem o tombamento. Segundo o ministro, at� a semana passada, ningu�m sabia dessa restri��o e a obra estava liberada para quem comprou o im�vel.

Geddel nega ter feito a afirma��o e o pedido de demiss�o a Temer. “Isso � uma inverdade”, assegurou ao EM. “Acho fant�stica essa hist�ria de uma mem�ria maravilhosa de saber frases aspeadas ditas por mim.”

De acordo com Geddel, n�o h� nenhum problema �tico com sua atua��o. “N�o me constrange porque eu n�o pedi nenhuma imoralidade. Pelo contr�rio, me legitima porque eu estou a par do que estava acontecendo.” Para o ministro, o caso poderia ser tratado por ele mesmo, e n�o por outras pessoas. “Eu trabalharia de forma camuflada um tema? Tem que tratar com transpar�ncia com um colega de minist�rio, sem nenhuma press�o indevida, abordando um tema pol�mico do meu estado.”
Na vis�o de Geddel, o fato de o Iphan nacional ter contrariado seus argumentos prova que ele n�o fez press�es. “Que press�o � essa do poderoso ministro do governo?” Geddel disse que comprou o im�vel em 2015. Como ministro, ele deve informar seu patrim�nio ao assumir o cargo, de acordo com a Lei nº 8.730.

Com ag�ncias


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