O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou na tarde desta quinta-feira o julgamento do recebimento de den�ncia contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Caso a Corte decida aceitar a den�ncia, Renan se tornar� r�u perante o STF pelos crimes de peculato, falsidade ideol�gica e uso de documento falso.
No caso, que tramita desde 2007, o peemedebista � acusado de receber propina da construtora Mendes J�nior para apresentar emendas que beneficiariam a empreiteira. Em troca, teve despesas pessoais da jornalista M�nica Veloso, com quem mantinha relacionamento extraconjugal, pagas pela empresa.
Renan apresentou ao Conselho de �tica do Senado recibos de venda de gados em Alagoas para comprovar um ganho de R$ 1,9 milh�o, mas os documentos s�o considerados notas frias pelos investigadores e, por causa disso, Renan foi denunciado ao Supremo. Na �poca, o peemedebista renunciou � presid�ncia do Senado em uma manobra para n�o perder o mandato.
A investiga��o come�ou em 2007, mas a den�ncia s� foi oferecida pela Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) em janeiro de 2013. O caso estava sob a relatoria do ministro Ricardo Lewandowski, mas passou para as m�os do ministro Luiz Edson Fachin em junho de 2015.
No �ltimo ano, imbr�glios envolvendo mudan�a de advogados de Renan e um aditamento feito pela PGR atrasaram ainda mais a libera��o do caso para julgamento. Se o Supremo receber a den�ncia hoje, Renan passa a responder a uma a��o penal.
Outros casos
Renan � alvo de mais 11 investiga��es no Supremo. O �ltimo inqu�rito contra o peemedebista foi aberto no dia 18 deste m�s, quando o ministro Dias Toffoli autorizou a realiza��o de dilig�ncias solicitadas pela Procuradoria-Geral da Rep�blica em um desdobramento das investiga��es sobre o caso M�nica Veloso.
Os investigadores querem mais informa��es sobre uma movimenta��o financeira de R$ 5,7 milh�es de Renan, considerada incompat�vel com a renda do parlamentar. Al�m disso, ele � alvo de 8 inqu�ritos no �mbito da Opera��o Lava Jato, 1 dentro da Opera��o Zelotes e outro por desvios nas obras da usina de Belo Monte.
Logo depois de a presidente do STF, ministra C�rmen L�cia, agendar a data do julgamento, a assessoria do peemedebista divulgou nota � imprensa, afirmando que o senador est� "tranquilo e confiante na Justi�a brasileira" e que ele � o "maior interessado nesse julgamento".