O advogado de Renan Calheiros, Aristides Junqueira, na sustenta��o da defesa diante do plen�rio do Supremo Tribunal Federal (STF), fez uma s�rie de questionamentos em rela��o � descri��o dos crimes pelos quais o presidente do Senado � acusado.
"O recebimento de den�ncia, embora legal, causa um constrangimento. Quando se recebe uma den�ncia inepta, a� ent�o o constrangimento � ilegal. N�o h� elementos suficientes, n�o h� ind�cios suficientes sequer para o recebimento da den�ncia", afirmou o advogado.
Ex-procurador-geral da Rep�blica, Junqueira disse que a den�ncia n�o apresenta os coautores ou part�cipes do ato da falsifica��o de documentos alegada. "Como e onde e quando teria ocorrido uma suposta omiss�o de ordem por parte do senador aos coautores para proceder a altera��o de documentos?", indagou. "Por que o Minist�rio P�blico n�o denuncia o coautor?".
"Den�ncia que n�o descreve adequadamente o fato criminoso � den�ncia inepta. E � evidente que ela n�o descreveu o fato com todas as circunst�ncias. N�o � poss�vel que o senador aqui em Bras�lia insira em documento dados falsos em Alagoas", disse Aristides Junqueira.
Renan � acusado pela Procuradoria-Geral da Uni�o pelos crimes de peculato, falsidade ideol�gica e uso de documento falso, em caso que tramita desde 2007 no Supremo. O peemedebista � acusado de receber propina da construtora Mendes J�nior para apresentar emendas que beneficiariam a empreiteira; em troca, teve despesas pessoais da jornalista M�nica Veloso, com quem mantinha relacionamento extraconjugal, pagas pela empresa.
