(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Executivos da Odebrecht assinam acordo de dela��o premiada e ser�o ouvidos na pr�xima semana

Grupo de 77 executivos da empreiteira, incluindo os donos da empresa, formaliza com o MP Federal procedimento para denunciar o esquema de corrup��o em que se envolveram


postado em 03/12/2016 07:30 / atualizado em 03/12/2016 07:53

Com a delação premiada, Marcelo Odebrecht cumprirá pena total de 10 anos, mas a partir de 2018 passará à prisão domiciliar (foto: Bruno Covello/Gazeta do Povo - 25/7/15)
Com a dela��o premiada, Marcelo Odebrecht cumprir� pena total de 10 anos, mas a partir de 2018 passar� � pris�o domiciliar (foto: Bruno Covello/Gazeta do Povo - 25/7/15)
Bras�lia – Os �ltimos executivos da Odebrecht assinaram nesta sexta-feira (02/11) o acordo de colabora��o premiada com a Procuradoria Geral da Rep�blica (PGR), em Bras�lia. A partir da semana que vem, devem come�ar os depoimentos dos 77 acionistas, executivos e funcion�rios do maior grupo de constru��o do pa�s, que resolveu fechar um acordo de leni�ncia na Opera��o Lava-Jato e pagar R$ 6,8 bilh�es ao Brasil, Estados Unidos e Su��a.

A expectativa de fontes ouvidas pelo Estado de Minas � de que, na semana que vem os colaboradores, como o presidente afastado, Marcelo Bahia Odebrecht, preso em Curitiba h� quase um ano e meio, comecem a prestar seus depoimentos. Al�m dos R$ 6,8 bilh�es a serem pagos pela pessoa jur�dica da Odebrecht, cada um dos 77 funcion�rios e executivos dever� pagar uma multa por conta pr�pria. Os valores ainda s�o desconhecidos. Mas acordos anteriores d�o a ideia do valor a ser acertado. O empreiteiro da UTC, Ricardo Pessoa, o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa pagaram R$ 48 milh�es, R$ 50 milh�es e R$ 70 milh�es, respectivamente.

As den�ncias devem atingir, no m�nimo, uma centena de pol�ticos, no Brasil e no exterior. A negocia��o de nove meses com a Odebrecht se deveu ao fato de que j� existiam provas fortes contra a empreiteira e pol�ticos do PT. O objetivo foi buscar informa��es, dicas, documentos e provas em rela��o a outros atores pol�ticos, como o PMDB do presidente Michel Temer e sua base aliada, notadamente, PSDB e DEM. Al�m disso, a Procuradoria exigiu que fossem revelados criminosos que atuaram fora do Brasil, em neg�cios n�o s� nos EUA e Su��a, mas nos pa�ses onde a Odebrecht atua, principalmente �frica e Am�rica Latina.

Condenado a 19 anos de cadeia em apenas um processo criminal, Marcelo Odebrecht estava na mira de outras a��es penais da Lava-Jato. Com o acordo, vai cumprir apenas 10 anos. E somente dois anos e meio em regime fechado. Como est� detido desde junho de 2015, ficar� na carceragem da Superintend�ncia da Pol�cia Federal em Curitiba apenas at� dezembro de 2017.

Leni�ncia A Odebrecht ter� 23 anos para pagar os R$ 6,8 bilh�es acertados no acordo de leni�ncia – esp�cie de dela��o premiada de pessoa jur�dica, que permite que ela volte a contratar com o poder p�blico. A parcela a ser paga aos EUA foi calculada em d�lar. A dos su��os, em francos. Por isso, com o passar dos anos, a corre��o monet�ria e as varia��es no c�mbio podem elevar o total dessa multa civil a ser paga pela empreiteira.

O acordo feito pela Lava-Jato � o maior do mundo, equivalente a US$ 1,9 bilh�o. Superou o pacto que a Siemens fez em 2008, avaliado em US$ 1,6 bilh�o, valor distribu�do entre autoridades da Alemanha e dos Estados Unidos. A firma confessou pagamentos de propina em um cartel que vendia trens e metr�s para governos no mundo todo, inclusive no Brasil.

A negocia��o da Odebrecht come�ou em mar�o deste ano. No in�cio, os investigadores rejeitavam a ideia. A empresa divulgou um comunicado antes mesmo de sentar para negociar com procuradores e delegados da Pol�cia Federal. Afirmava que faria uma “colabora��o ampla”. Com o passar do tempo, os interesses foram convergindo. A empresa passou a mostrar que tinha informa��es novas para trazer ao Minist�rio P�blico e � pol�cia, corpora��o que, depois, foi retirada das negocia��es.

O motivo dessa mudan�a foi n�o s� a pris�o de Marcelo Odebrecht, como a descoberta de contas secretas da empresa no exterior usadas para pagar propinas a ex-dirigentes da Petrobras e de um departamento de pagamentos de suborno em dinheiro vivo no Brasil.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)