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Estado de Minas

Den�ncia contra Cabral envolve apenas Andrade Gutierrez, diz MP


postado em 07/12/2016 14:19 / atualizado em 07/12/2016 14:31

O procurador da Rep�blica Lauro Coelho Jr., coordenador da for�a-tarefa da Lava-Jato no Rio, afirmou nesta quarta-feira, que a den�ncia oferecida na ter�a-feira, contra o ex-governador do Rio S�rgio Cabral (PMDB) e mais 11 pessoas no �mbito da Opera��o Calicute envolve apenas o pagamento de propinas por parte da empreiteira Andrade Gutierrez. A a��o da PF, deflagrada em 17 de novembro, levou � pris�o preventiva do ex-governador.

"As investiga��es continuam", disse Coelho Jr., em entrevista coletiva. Segundo o procurador, as investiga��es conseguiram provas que corroboraram afirma��es em depoimento de dela��o premiada de um executivo da Andrade Gutierrez.

'Sofistica��o'


Segundo o procurador Eduardo El-Hage, a organiza��o criminosa que envolve Cabral trabalhava com um n�vel de "sofistica��o muito grande" em termos de m�todos de lavagem de dinheiro.

De acordo com El-Hage, o grupo envolvendo Cabral e colaboradores pr�ximos, inclusive ex-secret�rios de seus governo, "sempre trabalhava com dinheiro em esp�cie".

A sofistica��o � grande, disse o procurador, porque o esquema de lavagem misturava recursos l�citos com il�citos, pois duas empresas legais, de pessoas pr�ximas a Cabral, eram usadas, a Reginaves, da marca processadora de frangos Rica, e a rede de resorts Portobello.

Em ambos os casos, consultorias de colaboradores de Cabral (Carlos Miranda e Lu�s Carlos Bezerra) e o escrit�rio da advocacia de Adriana Ancelmo, esposa de Cabral, firmavam contratos fict�cios com as empresas, disse El-Hage.

Assim, as duas empresas devolviam o dinheiro para os envolvidos no caso de corrup��o, misturando o dinheiro de propina com a receita real das empresas. Conforme El-Hage, � um sistema mais complexo do que apenas usar empresas de fachada, sem funcion�rios. "O m�todo (de lavagem de dinheiro) mais dif�cil de identificar � o da mescla, quando mistura recursos l�citos com il�citos", afirmou El-Hage, em entrevista coletiva que ocorre neste momento na sede do MPF do Rio.

Pris�o


A den�ncia tamb�m pediu a pris�o de Adriana Ancelmo, aceita pelo juiz federal Marcelo Bretas. Na den�ncia, o Minist�rio P�blico Federal descreve os supostos epis�dios de lavagem de dinheiro que envolveriam, de um lado, o escrit�rio Ancelmo Advogados, e, de outro, empresas de consultoria que pertencem a pessoas pr�ximas de Cabral.

Segundo os procuradores, o fato de agentes da Pol�cia Federal terem achado R$ 53 mil em esp�cie na casa de Cabral, ao cumprir mandado de busca e apreens�o no local, mostra a necessidade dos pedidos de pris�o, afirmaram os procuradores.

"A PF encontrou ontem (ter�a) mais de 50 mil em esp�cie. � sinal de que eles continuam a movimentar quantidade grande em valores em esp�cie", afirmou o procurador Eduardo El-Hage.

Ao todo, na den�ncia, s�o relacionados 21 fatos criminosos de corrup��o passiva, lavagem de ativos e pertencimento a organiza��o criminosa.

O procurador da Rep�blica Jos� Augusto Vagos lembrou ainda que o Tribunal Regional Federal da 2ª Regi�o julgar� na tarde desta quarta habeas corpus de dois colaboradores de Cabral que est�o presos desde a deflagra��o da Opera��o Calicute, um desdobramento da Lava-Jato em parceria entre Minist�rio P�blico Federal e Pol�cia Federal de Curitiba e do Rio. Vagos disse esperar que as pris�es sejam mantidas pelos desembargadores.


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