O vereador Ronilson Marc�lio Alves (PTB) vai receber este m�s e em fevereiro um sal�rio de R$ 9.015,78 pelo mandato parlamentar, mesmo estando no Pres�dio de Caratinga, no Vale do Rio Doce. Isso porque a C�mara Municipal da cidade est� em recesso este m�s e, portanto, os vereadores recebem o subs�dio sem precisar comparecer ao trabalho. O sal�rio l�quido � de cerca de R$ 7 mil.
Preso desde o dia 19 de dezembro, Ronilson tomou posse nesta ter�a-feira do mandato para o qual foi reeleito. “Se ele n�o participa da reuni�o e apresenta atestado pode receber completo. Se falta sem justificativa tem o desconto de 25%. Como estamos em recesso todos receber�o automaticamente porque n�o tem reuni�o”, explicou o presidente da C�mara Valter Cardoso de Paiva (DEM).
O sal�rio, pago todo dia 20, foi emitido em cheque nominal para o vereador em dezembro, segundo o departamento de contabilidade. Como o recesso come�ou no dia 15, antes de ele ser preso, Ronilson tamb�m recebe os R$ 9 mil relativos a dezembro e, no m�s seguinte, o contracheque de janeiro.
De acordo com o presidente da C�mara, Ronilson pode exercer o mandato se comparecer escoltado �s reuni�es, que recome�am em 15 de fevereiro e s�o marcadas toda as ter�as-feiras. “At� o momento ele est� amparado pela lei. Tem uma expectativa de que o partido possa exclu�-lo”, conta.
Segundo Paiva, alguns parlamentares falam em abrir uma comiss�o parlamentar de inqu�rito (CPI) para investigar o vereador preso.
De algema e cambur�o
Ronilson chegou para tomar posse por volta do meio-dia desta ter�a-feira escoltado pela pol�cia, com uniforme de presidi�rio e algemado. “Prometo cumprir dignamente o mandato que me foi confiado, respeitar a constitui��o federal e a constitui��o do estado e a lei org�nica municipal e observar as leis, trabalhando pelo engrandecimento do munic�pio e o bem estar de sua popula��o”, leu o vereador preso. Na sequ�ncia, ele assinou o termo e entrou de volta ao cambur�o para voltar ao pres�dio.
A defesa dele alega estar tentando liber�-lo da pris�o preventiva para que ele possa exercer o mandato de vereador. Ronilson chegou a estar foragido e foi preso pela pol�cia civil em Cordeiro, na regi�o Serrana do Rio de Janeiro. Junto com outras tr�s pessoas investigadas na Opera��o Bolso Cheio, ele foi indiciado pelos crimes de extors�o e organiza��o criminosa. O grupo estaria exigindo R$ 200 mil de um padre para n�o divulgar v�deos �ntimos do religioso.
Segundo a pol�cia, Ronilson teria ido pessoalmente na casa da v�tima exigir o dinheiro. Em entrevista ao super canal caratinga, o advogado D�rio Junior disse entender que surgiu um fato novo que diminui a fundamenta��o da pris�o preventiva. Segundo a defesa, o argumento � que, solto, o vereador poderia amea�ar a v�tima mas ele n�o tem hist�rico de comportamento amea�ador nem tem acesso � v�tima. O advogado espera o julgamento de um novo recurso ainda em janeiro. “Vamos tentando v�rios recursos que est�o � disposi��o no c�digo de processo penal e na constitui��o da rep�blica”, afirmou.