
O presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quinta-feira, que, se for necess�rio, a C�mara far� ajustes no texto da reforma da Previd�ncia, que ainda passar� pela comiss�o especial. “� claro, se tem excessos, vamos corrigir os excessos”, declarou. Ele reafirmou que a reforma da Previd�ncia ser� votada ainda no primeiro semestre deste ano na Casa, assim como as mudan�as na legisla��o trabalhista.
Em fevereiro, quando os parlamentares voltar�o do recesso, ser� instalada a comiss�o especial que analisar� a proposta de emenda � Constitui��o (PEC), colegiado onde a medida que muda as aposentadorias poder� sofrer altera��es.
Maia repetiu que a reforma � essencial para a retomada do crescimento econ�mico e disse que em qualquer posi��o que estiver na Casa, seja como presidente ou como mero deputado, vai ajudar na aprova��o das reformas de interesse do governo. Ele disse que, pessoalmente, � defensor da cria��o de uma “escadinha” nas regras de transi��o da reforma da Previd�ncia para n�o criar “injusti�as”. “� apenas uma opini�o minha, mas posso ser convencido pelo Caetano ou pelo Mansueto que minha tese inicial est� errada, porque eles conhecem muito mais do que eu a quest�o das contas p�blicas e do sistema previdenci�rio”, afirmou, citando o secret�rio da Previd�ncia Social do Minist�rio da Fazenda, Marcelo Caetano, e o secret�rio de Acompanhamento Econ�mico da Fazenda, Mansueto Almeida.
O parlamentar voltou a citar o Rio de Janeiro como exemplo de excesso na concess�o de benef�cios, o que gerou a crise financeira que vive atualmente o Estado. Maia lembrou que tal pol�tica provocou hoje a situa��o onde servidores precisam de “vaquinha” para sobreviver. “Essa reforma n�o vem para tirar direitos”, insistiu.
O deputado pregou que haja seriedade no debate e que ele ocorra para n�o passar a impress�o de que o governo encaminhou uma proposta que tira direitos adquiridos do cidad�o. “Se a gente tiver muita clareza nesse debate, a gente no final vai sair desse debate, pela primeira vez, mostrando exemplos de que a irresponsabilidade n�o gera benef�cios, gera na verdade os preju�zos que a gente est� vendo”, finalizou Maia.
SEM ‘PATOTA’ Candidato � reelei��o para o comando da C�mara, Rodrigo Maia disse ter ficado orgulhoso ao ser citado pelo colega Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) como presidente que n�o criou “patota” na Casa. “Acho que esse � o caminho: n�o restringir o poder a poucos e distribuir o poder”, afirmou.
Mesmo sem formalizar sua candidatura, Maia destacou que n�o haver� retalia��o a ningu�m no dia seguinte do processo eleitoral na C�mara. “Retaliar n�o � democr�tico”, justificou. O deputado lembrou que logo que foi eleito presidente da Casa partilhou o poder com todos. Ao ser questionado sobre a acusa��o de que estaria oferecendo cargos no governo em troca de apoio � sua recondu��o, ignorou a pergunta.
Maia sucedeu na presid�ncia o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), hoje preso, que ficou marcado no Congresso como parlamentar que tinha um grupo pol�tico forte e n�o poupava seus advers�rios.
O deputado voltou a repetir que ainda est� “amadurecendo” sua candidatura, mas defendeu o direito de disputar um segundo mandato para o comando da C�mara. Ele enfatizou que a restri��o para disputa do cargo � da �poca da ditadura militar. (Com ag�ncia).