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Estado de Minas

For�a-tarefa vai retomar 20 dela��es ap�s Odebrecht


postado em 19/01/2017 12:19 / atualizado em 19/01/2017 12:36

A conclus�o do acordo de colabora��o da Odebrecht vai reabrir as tratativas para cerca de 20 dela��es premiadas de investigados na Opera��o Lava-Jato. A lista inclui executivos de empreiteiras, ex-agentes p�blicos, lobistas e operadores financeiros acusados de corrup��o na Petrobras.

As negocia��es foram suspensas no fim de 2016 para aguardar a confirma��o do acordo com a Odebrecht - que tem 77 delatores e ainda precisa ser homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Um dos motivos que levaram � paralisa��o � o volume de informa��es que executivos e ex-executivos da empreiteira devem fornecer sobre crimes envolvendo autoridades e que podem ser usadas para nortear futuros acordos.

A quantidade de delatores relacionados � Odebrecht tamb�m fez com que a for�a-tarefa concentrasse esfor�os nos mais de 900 depoimentos do grupo.

Entre os candidatos a delatores est�o o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, o ex-marqueteiro do PT Jo�o Santana, o lobista Adir Assad, al�m de executivos das empreiteiras Mendes J�nior, Galv�o Engenharia, Delta e EIT. Com cl�usula de sigilo obrigat�rio para as tratativas, as defesas dos investigados n�o comentam os acordos.

Todos na lista iniciaram conversas com o Minist�rio P�blico Federal, por meio de advogados, em busca de uma redu��o de pena nos processos sob responsabilidade do juiz federal S�rgio Moro - que julga os casos de alvos sem foro privilegiado. Algumas se arrastam, sem defini��o, h� quase um ano.

Em quase tr�s anos de investiga��es, a for�a-tarefa em Curitiba fechou 71 acordos de dela��o e sete de leni�ncia (esp�cie de colabora��o premiada de empresas). H� outras 24 homologadas pelo Supremo.

'Efeito Odebrecht'


Procuradores da Lava-Jato em Curitiba e Bras�lia ouvidos pela reportagem afirmaram que as negocia��es de novas dela��es sofrer�o uma esp�cie de "efeito Odebrecht". As revela��es feitas por executivos do grupo devem levar mais empresas, neg�cios, pol�ticos e operadores financeiros para o foco das apura��es.

Um dos fatores � o elevado volume de provas guardado no Setor de Opera��es Estruturadas, o chamado "departamento da propina" da Odebrecht. Pela lei, em busca de uma redu��o de pena, os candidatos a delator t�m de confessar crimes e apresentar fatos desconhecidos dos investigadores, al�m de provas sobre o que dizem.

Em alguns casos nos quais as negocia��es podem ser retomadas, as tratativas foram encerradas justamente por falta de informa��o ou provas relevantes, afirmou em reservado um dos investigadores. Foi o que aconteceu, por exemplo, com as tratativas para um acordo com as empreiteiras OAS e Engevix.

N�cleo pol�tico


Com a homologa��o da dela��o da Odebrecht, a for�a-tarefa espera tamb�m que aumente a procura por acordos por integrantes do n�cleo pol�tico da organiza��o acusada de corrup��o na Petrobras. At� agora, apenas duas dela��es s�o de pol�ticos: a do senador cassado Delc�dio Amaral (sem partido-MS) e a do ex-presidente da Transpetro e ex-deputado S�rgio Machado.

Outro pol�tico que fez acordo com a Lava Jato � o ex-deputado federal Pedro Corr�a, ex-l�der do PP, condenado no mensal�o, em 2012, e pelo juiz S�rgio Moro, no caso Petrobras, em 2016. Sua dela��o, no entanto, aguarda homologa��o no STF, que pediu mais provas e uma redu��o nos depoimentos.

Os advogados de Renato Duque, Adir Assad e Jo�o Santana n�o quiseram comentar, por envolver assunto sob sigilo. A defesa da EIT tamb�m n�o se manifestou. Os representantes da Galv�o, Delta e Mendes J�nior n�o foram localizados.
O Estado de S. Paulo.


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