Bras�lia – O presidente Michel Temer iniciou o fim de semana passado entre dois nomes, dos mais de 50 que foram cotados para o Supremo Tribunal Federal. No s�bado pela manh�, representantes do mundo jur�dico j� davam como certa a escolha de Mauro Campbell para assumir a vaga do ministro Teori Zavascki, morto em desastre a�reo no �ltimo dia 19. O outro cotado era o ent�o ministro da Justi�a, Alexandre de Moraes.
Ministro do Superior Tribunal de Justi�a, Campbell era apontado como a op��o t�cnica de Temer. Discreto, era amigo pessoal de Teori – foi um dos respons�veis pela libera��o do corpo do ministro em Angra dos Reis. Campbell foi cotado antes para o STF, quando a presidente cassada Dilma Rousseff optou por Edson Fachin. Na �poca, o STJ viveu uma intensa disputa interna, que envolveu at� a produ��o de dossi�s.
A op��o pol�tica era Moraes, um dos primeiros nomes lembrados assim que a morte de Teori foi confirmada. Na escolha final, entre Campbell e Moraes, Temer optou por seu ministro da Justi�a.
O PSDB intercedeu a favor de Moraes. Como argumento, os tucanos sustentavam que ele receberia respaldo de integrantes do Supremo – entre eles o decano Celso de Mello.
Ministros
Celso de Mello n�o esconde a simpatia por Moraes, de quem fez o pref�cio de um livro. No dia em que o STF derrubou a decis�o de Marco Aur�lio Mello que afastou Renan Calheiros (PMDB) da cadeira de presidente do Senado, Moraes esteve reunido com Celso de Mello. Em comum, os dois t�m o fato de terem passado pela Faculdade de Direito da USP, o Largo de S�o Francisco.Al�m do decano, Moraes teve apoio expl�cito no STF do ministro Marco Aur�lio. "Desde o in�cio achei que o nome adequado era o dele, pela trajet�ria", disse Marco Aur�lio � reportagem. "Ele ser� recebido de bra�os abertos na Primeira Turma", afirmou o ministro. Como Fachin migrou para a Segunda Turma, que julga a Lava Jato, Moraes vai assumir uma cadeira na Primeira Turma - composta por Marco Aur�lio, Lu�s Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux.
J� o ministro Gilmar Mendes defendia o nome de Ives Gandra Filho, presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), para o Corte.
No Minist�rio P�blico Federal, a escolha "pol�tica" n�o � comemorada. Desde a morte de Teori, interlocutores do procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, consideravam que uma poss�vel escolha de Moraes seria prejudicial ao tribunal. Na lista de "erros", citam o dia em que o atual ministro da Justi�a antecipou uma opera��o da Pol�cia Federal.
