O vice-presidente da Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ), Antonio Anastasia (PSDB-MG), decidiu manter o prazo de cinco dias �teis para a realiza��o da sabatina de Alexandre de Moraes para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A decis�o foi feita ap�s articula��o da base do governo para realizar a sabatina em 24 horas. Com a decis�o, Moraes deve ser sabatinado apenas na ter�a-feira da semana que vem, dia 21.
Anastasia presidiu a sess�o desta ter�a-feira no lugar de Edison Lob�o (PMDB-MA), presidente da CCJ, que � investigado na Lava-Jato. O senador argumentou que o intervalo entre a leitura do relat�rio sobre o indicado e a sabatina n�o serve apenas para os senadores, mas tamb�m para que a popula��o tenha oportunidade de conhecer melhor o curr�culo e os posicionamentos do candidato a ministro do STF.
Apesar de Anastasia pertencer � base do governo, a posi��o do tucano mineiro convergiu com a da oposi��o, que pedia mais prazo para debater a indica��o de Alexandre de Moraes.
A antecipa��o da sabatina foi bancada na comiss�o pelo l�der do governo no Congresso, Romero Juc� (PMDB-RR). O ex-ministro do governo Temer defendeu, com base em casos anteriores, que a sabatina fosse realizada em 24 horas. Depois da decis�o de Anastasia, entretanto, Juc� recuou e afirmou que n�o entraria com recurso da decis�o para evitar clima de "animosidade".
Durante a sess�o, diferentes senadores apresentaram argumentos contra a inten��o de antecipar a sabatina de Moraes. A senadora Regina Sousa (PT-PI), por exemplo, afirmou que esteve mais cedo com o candidato.
Regina afirmou que, nesse encontro, Moraes explicou a ela que tem visitado senadores para se apresentar pessoalmente e que n�o contava com a possibilidade de ser sabatinado no dia seguinte. Um motivo, disse Regina, � que Moraes ainda possu�a uma agenda de visitas at� a pr�xima quinta-feira, 16.
Dois senadores da base do governo tamb�m falaram contrariamente � antecipa��o. Lasier Martins (PSD-RS) e Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) pediram que fosse cumprido o regimento e n�o exce��es. Ap�s a decis�o de Anastasia, a senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), que tamb�m pertence � base, aplaudiu a resolu��o.