Um vereador est� sendo acusado de atitude homof�bica por alguns colegas da C�mara Municipal de Belo Horizonte. Na sess�o dessa segunda-feira, durante debate sobre a rejei��o de um projeto, o l�der do governo na Casa, vereador Gilson Reis (PCdoB), foi chamado de “mariquinha” por Jair di Gregorio (PP). A fala fez com que outros parlamentares se posicionassem e condenassem a atitude de Greg�rio. O pepista, por sua vez, nega que tenha usado a palavra com tom de ataque de g�nero, mas contra o que ele chamou de “fofoca” feita por Reis.
Nesse momento, o vereador Jair Di Greg�rio, ao criticar Reis, disse que ele estava fazendo papel de “mariquinha” e que aquilo n�o era papel de homem.
O vereador Gabriel Azevedo (PHS) condenou a fala do colega, apesar de concordar com o protesto sobre a forma considerada inapropriada da fala de Gilson Reis. “Acho que a orienta��o sexual, a quest�o de g�nero, n�o deve perpassar aqui como ferramenta de ofensa, fica aqui minha discord�ncia, vereador Jair, em rela��o ao termos que o senhor usou em rela��o ao l�der do governo, acho que esse n�o � o caminho”, disse.
As vereadoras �urea Carolina e Cida Falabella -ambas do PSOL -, tamb�m se posicionaram de forma contr�ria a utiliza��o do termo e repudiaram a atitude. Em nota conjunta, as duas parlamentares ressaltaram que o Brasil � campe�o mundial de viol�ncia contra LGBTs e que express�es como essas, usadas de forma pejorativa, ajudam a refor�ar a cultura de preconceito. “� inaceit�vel que discursos preconceituosos sejam reproduzidos por representantes eleitos e tenham lugar no parlamento, espa�o onde os direitos de todas as pessoas devem ser defendidos”, afirma o post.
J� o l�der do governo, Gilson Reis (PCdoB), tamb�m relembrou que os altos �ndices de viol�ncia contra gays em postagem sobre o assunto, feita em uma rede social. “De "mariquinha" "veado" "bicha" e tantos outros termos jocosos s�o chamados tantos jovens e adultos ao longo dos anos em nosso pa�s, que por serem gays, s�o expulsos de casa, isolados, perseguidos, agredidos, assassinados e at� mesmo cometem suic�dio por n�o suportar a situa��o”, afirmou.
Procurado, o vereador Jair di Greg�rio disse que o termo “mariquinha” foi descontextualizado e que a inten��o dele ao usar a palavra t�m refer�ncias interioranas. “Na ro�a as pessoas usam essa palavra para dizer que a pessoa � fofoqueira”, disse.
Greg�rio afirmou ainda que “tem amigos e familiares que s�o gays” e que isso n�o � problema para ele. Segundo o vereador, a bancada da extrema esquerda na Casa tentou com isso criar um fato, j� que ele � evang�lico e pastor.
Questionado pela reportagem se a utiliza��o do termo n�o poderia refor�ar preconceitos o vereador n�o respondeu diretamente e ressaltou o fato de que n�o usou a palavra com inten��o homof�bica. “Eu n�o sou homof�bico. Na verdade, quando eu disse , n�o falei com essa inten��o (homof�bica). Eu falei em refer�ncia � fofocas. O forma de uni�o da fam�lia tradicional � uma, mas a famil�a que eles (LGBTs) fizeram op��o� outra e eu n�o tenho nada com isso”, declarou.