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Estado de Minas

Novo delator diz que Eike pagou propina a Cunha

Segundo empres�rio, o ex-bilion�rio teria pagado para que o fundo de investimento do FGTS investisse em uma de suas empresas


postado em 20/02/2017 08:49 / atualizado em 20/02/2017 09:42

Eduardo Cunha também está preso na Operação Lava-Jato(foto: Lula Marques)
Eduardo Cunha tamb�m est� preso na Opera��o Lava-Jato (foto: Lula Marques)

O empres�rio Alexandre Margotto confirmou, em dela��o premiada, que Eike Batista pagou propina ao corretor L�cio Funaro e ao deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para que o fundo de investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Servi�o (FI-FGTS) investisse, em 2012, R$ 750 milh�es na empresa LLX A�� Opera��es Portu�rias S.A.

Criada em mar�o de 2007, a empresa fez parte do grupo EBX e, atualmente, � controlada pelo Grupo EIG, que adquiriu 53% do capital social da LLX Log�stica S.A. e mudou o nome para Prumo Log�stica S.A.

No subanexo 11.7 de sua dela��o, Margotto relatou aos investigadores as "ilicitudes envolvendo o investimento do FGTS na empresa LLX, bem como envolvendo o empres�rio/executivo Eike Batista". Em depoimento gravado em v�deo, Margotto disse que Funaro n�o mantinha rela��es com Eike e dizia que o empres�rio n�o conseguiria "1 real" na Caixa sem sua ajuda.

De acordo com Margotto, o corretor se "enaltecia" do suposto "poder de veto" que tinha nas libera��es de valores do fundo. Funaro teria avisado Fabio Cleto, ex-vice-presidente de Fundos e Loterias da Caixa, indicado por Cunha, que tinha poder de veto no comit� que decide os aportes do fundo, "para n�o fazer nada, n�o assinar nada" com as empresas de Eike. "Se ele acha que tem a turma do PT, ele vai ver a dificuldade que ter� para pegar esse empr�stimo", teria dito Funaro ao delator.

Na vers�o do delator, a situa��o teria mudado ap�s um jantar entre Funaro e Eike, em Nova York. A reuni�o, revelada a Margotto por Funaro, teria sido intermediada por Joesley Batista, da holding J&F, que teria participado do encontro. O empres�rio nega.

Ainda segundo Margotto, ap�s Funaro lhe contar sobre o encontro, Fabio Cleto teria confidenciado que Cunha deu ordens para que o aporte do FGTS na empresa de Eike tivesse seguimento. Assim como Cleto em dela��o, o bra�o direito de Funaro n�o soube apontar o valor recebido por Cunha, mas afirmou que o corretor recebeu ao menos R$ 1,5 milh�o.

Opera��o


O ex-vice-presidente da Caixa foi o primeiro a revelar os pagamentos indevidos da empresa de Eike para Cunha e Funaro. Em sua dela��o premiada, Cleto assumiu ter recebido ao menos R$ 240 mil e apontou Funaro como operador de Cunha no caso.

O bra�o direito de Funaro detalhou como o grupo pol�tico do PMDB da C�mara, liderado por Cunha e Geddel Vieira Lima, atuava na libera��o de valores para empresas junto a �rg�os p�blicos, em especial a Caixa. O acordo foi tornado p�blico pelo juiz Vallisney de Souza, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal.

Defesas


A J&F, por meio de nota de sua assessoria de imprensa, negou a intermedia��o e tamb�m que Joesley Batista tenha participado de qualquer encontro entre Funaro e Eike. Ainda segundo a empresa, suas rela��es comerciais com Funaro "s�o l�citas, legais e devidamente documentadas". A empresa reitera tamb�m que est� � disposi��o do Minist�rio P�blico Federal (MPF) e da Justi�a caso haja algo a acrescentar. Sobre Margotto, a J&F afirma que nenhum de seus executivos "teve ou tem qualquer rela��o" com ele.

As defesas de Cunha e de Funaro n�o responderam aos contatos feitos pela reportagem. A de Eike n�o foi encontrada para comentar a afirma��o de Margotto.


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