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Estado de Minas

A�cio pediu R$ 15 milh�es, diz Odebrecht


postado em 02/03/2017 17:25 / atualizado em 02/03/2017 18:08

Curitiba e S�o Paulo - Em seu depoimento de quatro horas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quarta-feira, dia 1º, o delator e ex-presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht relatou que o presidente nacional do PSDB, senador A�cio Neves, teria lhe pedido R$ 15 milh�es no final do primeiro turno da campanha eleitoral de 2014.

O delator dep�s na A��o de Investiga��o Judicial Eleitoral aberta a pedido do PSDB contra a chapa Dilma/Temer. Ele disse que, inicialmente, negou o pedido do tucano afirmando que o valor era muito alto, mas que o senador teria sugerido como "alternativa" que os pagamentos fossem feitos aos seus aliados pol�ticos.

Ap�s ser preso na Lava Jato, contudo, Odebrecht disse ter sido informado que o aporte financeiro acabou n�o se concretizando. Ainda assim, segundo ele, teria ficado definido no encontro com A�cio que o repasse seria discutido entre S�rgio Neves, que era superintendente da empresa em Minas, e o empres�rio Oswaldo Borges da Costa, apontado como tesoureiro informal do tucano. Em seu relato, Odebrecht disse que s� se recorda de doa��es oficiais A�cio.

O valor bate com a planilha e a troca de mensagens de Odebrecht apreendidos pela Lava Jato e que mostram o repasse de R$ 15 milh�es do departamento de propina da empreiteira ao apelido "mineirinho" que, segundo o delator Claudio Melo Filho, era uma refer�ncia a A�cio.

Odebrecht respondeu sobre o tucano quando questionado pela defesa da presidente cassada Dilma Rousseff - de acordo com os advogados, questionar doa��es para o PSDB fazia parte da estrat�gia da petista. � Justi�a Eleitoral, a campanha do senador mineiro registra doa��es que somam R$ 3,9 milh�es da Construtora Odebrecht e R$ 3,9 milh�es da Braskem, petroqu�mica do grupo empresarial. Ao todo, o PSDB recebeu R$ 15 milh�es da Odebrecht em doa��es eleitorais em 2014.

O delator, contudo, n�o se aprofundou mais sobre o assunto, pois o juiz auxiliar que estava conduzindo a audi�ncia pediu a Marcelo que se limitasse ao objeto da A��o Judicial Eleitoral - repasses para a chapa Dilma-Temer, que venceu as elei��es de 2014.

Al�m destes R$ 15 milh�es, o empreiteiro contou que se encontrou v�rias vezes com o tucano, e que A�cio sempre pediu dinheiro para campanhas. Em rela��o aos repasses para a campanha tucana em 2014, o delator disse que se lembrava mais especificamente de tr�s ocasi�es - uma doa��o para o PSDB na �poca da pr�-campanha, uma de cerca de R$ 5 milh�es durante a campanha, e o pedido no final do primeiro turno de R$ 15 milh�es.

Na vers�o do empreiteiro, o contato da Odebrecht com A�cio para tratar da campanha era mais difuso do que com Dilma e feito com a base das empresas do grupo em Minas, Estado do senador.

'Mineirinho'

A vers�o de Marcelo Odebrecht coincide com documenta��o encontrada pela Lava Jato em Curitiba. No pedido de busca e apreens�o da Pol�cia Federal na 26.ª fase da opera��o, a Xepa, "Mineirinho" � apontado como destinat�rio de R$ 15 milh�es entre 7 de outubro e 23 de dezembro de 2014. As entregas, registradas nas planilhas da secret�ria Maria L�cia Tavares, do Setor de Opera��es Estruturadas - conhecido como o "departamento de propina" da Odebrecht - teriam sido feitas em Belo Horizonte, capital de Minas.

A quantia foi solicitada em 30 de setembro de 2014, na v�spera do primeiro turno, por S�rgio Neves, a Maria L�cia, que fez dela��o e admitiu operar a "contabilidade paralela" da empresa a mando de seus superiores. O pedido foi intermediado por Fernando Migliaccio, ex-executivo da empreiteira que fazia o contato com Maria L�cia e que foi preso na Su��a.

Defesa

Procurada nesta quinta-feira, 2, a assessoria de imprensa do tucano n�o havia emitido posi��o oficial sobre o caso at� por volta das 13h. O espa�o est� aberto para manifesta��o de A�cio.


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