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Estado de Minas

Delator da Odebrecht diz que empresa pagou total de R$ 21 mi a PROS, PCdoB e PRB


postado em 07/03/2017 15:01 / atualizado em 07/03/2017 21:04

Em depoimento prestado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na noite de segunda-feira, 6, o ex-diretor de Rela��es Institucionais da Odebrecht Alexandrino Alencar afirmou que a empreiteira pagou R$ 7 milh�es para cada um desses tr�s partidos: PROS, PCdoB e PRB, em um total de R$ 21 milh�es. Esses pagamentos teriam sido realizados com a intermedia��o do ent�o tesoureiro da campanha de Dilma, o ex-ministro Edinho Silva.

Alexandrino disse ao ministro Herman Benjamin, relator da a��o que pode levar � cassa��o da chapa Dilma-Temer, que os pagamentos foram feitos via caixa 2 para garantir o apoio pol�tico dessas siglas � chapa que unia PT e PMDB na campanha presidencial de 2014. Com o pagamento milion�rio aos partidos, a chapa Dilma-Temer teria obtido a ades�o de mais siglas � coliga��o que saiu vitoriosa naquelas elei��es, al�m de garantir mais tempo de propaganda na televis�o.

Em fevereiro,  uma dela��o revelou que o ministro da Ind�stria, Com�rcio Exterior e Servi�os, Marcos Pereira, negociou um repasse de R$ 7 milh�es do caixa 2 da Odebrecht para o PRB na campanha de 2014. Na �poca, o ministro afirmou "desconhecer" essa opera��o e disse que "dela��o n�o � prova".

Na semana passada, o ex-diretor da Odebrecht Ambiental Fernando Cunha Reis afirmou que foram pagos R$ 4 milh�es ao PDT para obter o apoio do partido � chapa presidencial de Dilma e Temer.

O TSE ouviu na segunda-feira tr�s delatores da Odebrecht no edif�cio-sede da corte eleitoral, em Bras�lia. As oitavas foram cercadas de sigilo - quem acompanhou os depoimentos foi proibido de usar o aparelho celular para evitar vazamentos.

Jurisprud�ncia


O TSE mudou em 2015 a sua jurisprud�ncia e passou a reconhecer a compra de apoio pol�tico como uma forma de abuso de poder econ�mico. Por unanimidade, a corte eleitoral manteve a decis�o do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS), que cassou os mandatos do ent�o prefeito de Crissiumal, Walter Luis Heck (PSB), e do seu vice, Ivano Adelar Zorzo (PP), atendendo a pedido do Minist�rio P�blico.

A a��o que pode levar � cassa��o do mandato de Temer apura se a chapa Dilma-Temer cometeu abuso de poder pol�tico e econ�mico nas elei��es de 2014.

Segundo fontes que acompanham as investiga��es, esses novos depoimentos complicam a vida de Temer, j� que o maior tempo de propaganda eleitoral teria beneficiado a chapa como um todo, independentemente do envolvimento ou n�o do ent�o vice-presidente nas negocia��es de apoio pol�tico.

Defesas

Procurado pela reportagem, o PROS afirmou que todas as doa��es recebidas pela legenda nas elei��es de 2014 "foram devidamente declaradas para a Justi�a Eleitoral". "A dire��o nacional do partido desconhece as afirma��es citadas e ratifica que suas movimenta��es financeiras est�o dentro dos par�metros estabelecidos pela Justi�a Eleitoral", informou o partido, em nota.

O PCdoB, por sua vez, comunicou que "n�o ir� se pronunciar enquanto n�o tiver informa��es de fontes oficiais sobre o assunto".

O PRB negou "veementemente que tenha recebido qualquer dinheiro proveniente de caixa 2 da empresa Odebrecht" e afirmou que "em nenhuma circunst�ncia qualquer membro do partido foi autorizado a receber recursos desta natureza".

A Odebrecht informou que n�o faz coment�rios sobre depoimentos prestados em sigilo por determina��o do Supremo Tribunal Federal, "mas pode destacar que est� implantando normas internas rigorosas para que a atua��o em todas as suas empresas ocorra sempre com �tica, integridade e transpar�ncia".

A defesa do presidente Michel Temer disse que "somente ap�s o t�rmino das oitivas ser� poss�vel avali�-las adequadamente, uma vez verificadas in�meras contradi��es nas vers�es das testemunhas-colaboradoras".

O ex-ministro Edinho Silva tem afirmado, em rela��o �s acusa��es de uso de caixa 2 pela campanha petista de 2014, que os conte�dos das dela��es que sustentam essa hip�tese s�o "absurdos" e que h� uma tentativa de "criminalizar a campanha de Dilma Rousseff". Segundo ele, todas as doa��es da empreiteira ao partido foram declaradas ao TSE.

A reportagem ainda aguarda resposta da defesa da ex-presidente Dilma Rousseff. Em ocasi�o anterior, a declara��o foi de que "todas as doa��es �s campanhas de Dilma Rousseff foram feitas de acordo com a legisla��o, tendo as duas presta��es de contas sido aprovadas pelo Tribunal Superior Eleitoral".


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