
Em um discurso realizado da tribuna do Senado, o l�der do PMDB, Renan Calheiros (AL), criticou nesta quarta-feira, 22, o que chamou de vazamentos "seletivos" realizados no �mbito da Opera��o Lava Jato e se disse v�tima de preconceito e persegui��o por parte do Minist�rio P�blico Federal.
As declara��es de Renan ocorreram em meio � expectativa de ser levantado o sigilo das dela��es de executivos e ex-executivos da Odebrecht no Supremo Tribunal Federal. O discurso tamb�m ocorreu um dia ap�s deflagrada a Opera��o Sat�lite da Pol�cia Federal, que teve como alvos pessoas ligadas ao peemedebista e aos senadores Eun�cio Oliveira (PMDB-CE); Valdir Raupp (PMDB-RO) e Humberto Costa (PT-PE) e o governador de Alagoas, Renan Filho.
"Perplexo percebo seguidas tentativas de me jogar num ambiente de manipula��o, vazamentos, embustes e publicidades opressivas. Onde se multiplicam inqu�ritos instaurados sem um fiapo de prova, a partir de meras alus�es mentirosas e irrespons�veis de alguns delatores", afirmou Renan em discurso que durou certa de uma hora.
O l�der do PMDB disse que v�rios juristas vem demonstrando preocupa��o com o "denuncismo e desinforma��o". Ele destacou as declara��es feitas pelo ministro Gilmar Mendes de que o conte�do vazado poder� deixar de servir como prova.
"Em qualquer lugar do mundo civilizado se uma dela��o vazar, como no Brasil, ela estar� automaticamente desfeita. Foi isso que o ministro Gilmar Mendes chamou a aten��o. Esses vazamentos seguidos a que objetivam? Ser� que s�o propositais para anular as provas? O Supremo n�o pode conviver com isso tem que por um limite", defendeu.
'Cen�rio de medo'
Apesar de defender as dela��es e dizer favor�vel as investiga��es, Renan considerou que os m�todos adotados atualmente se baseiam na cria��o de um "cen�rio de medo". "A estrat�gia dos �rg�os repressores � erguer cen�rio de medo a partir da pris�o preventiva para obter colabora��o supostamente volunt�ria de investigado e depois de vazadas seletivamente para a m�dia. � sempre o mesmo caminho", criticou.
