
Marcelo Odebrecht, herdeiro e ex-presidente do grupo que leva seu sobrenome, apresentou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) documentos que apontam o detalhamento da suposta movimenta��o da conta-corrente do Setor de Opera��es Estruturadas - o departamento da propina - realizada pelo ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.
A informa��o consta de trechos das declara��es divulgadas ontem pelo site "O Antagonista". Entre os documentos est� uma curta planilha em que aparece o codinome "Amigo", que seria uma refer�ncia a Lula.
A lista revela que, em 22 de outubro de 2013, o saldo de "Amigo" era de R$ 15 milh�es. J� em 31 de mar�o de 2014, o valor passou para R$ 10 milh�es - n�o foi explicado o que foi feito com R$ 5 milh�es.
Ao falar sobre o gerenciamento da conta com recursos repassados para as campanhas de Lula e da presidente cassada Dilma Rousseff, Marcelo afirmou que foi o ex-presidente quem indicou o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci para ser o administrador da conta corrente irrigada por recursos de caixa 2. "Eu falei com ela (Dilma)... Olha, presidente, em 2010, 2009, em 2010, eu falei: presidente, tudo eu estou tratando com o Palocci, era o meu combinado com o Lula, t� ok? Ela falou: T� ok", disse o delator.
A assessoria de imprensa do Instituto Lula, por meio de nota, afirmou que n�o foi encontrado nenhum recurso indevido para o ex-presidente. "Lula jamais solicitou qualquer recurso indevido para a Odebrecht ou qualquer outra empresa para qualquer fim e isso ser� provado na Justi�a."
"Lula n�o tem nenhuma rela��o com qualquer planilha na qual outros se referem a ele como 'Amigo'." O instituto disse que "n�o cabe comentar depoimento sob sigilo de Justi�a vazado seletivamente e de forma ilegal."